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Enviado dos EUA ao Haiti pede demissão por tratamento "desumano" a migrantes

24/09/2021 04h40

Washington, 23 set (EFE).- O enviado especial dos Estados Unidos ao Haiti, Daniel Foote, apresentou o pedido de demissão ao Departamento de Estado americano, como forma de protesto contra o "tratamento desumano" aos migrantes do país centro-americano.

A carta enviada pelo funcionário foi publicada nesta quinta-feira em primeira mão pela emissora de televisão dos EUA "PBS", e depois também noticiada por outros veículos locais.

Foote afirma no texto que não pode seguir ligado à decisão "desumana e contraproducente de deportar milhares de refugiados haitianos".

O agora ex-enviado especial classificou como "profundamente errônea" a política que está adotando o governo liderado por Joe Biden sobre a situação do Haiti e diante da nova crise migratória.

Foote, que foi nomeado em julho, enviou a carta de demissão ao secretário de Estado, Antony Blinken, dias depois que foram publicadas imagens de violência contra migrantes haitianos praticada por agentes da Guarda Fronteiriça americana, em Del Río, no Texas.

O Departamento de Segurança Nacional dos EUA já anunciou que foi aberta uma investigação sobre o caso.

A vice-presidente do país, Kamala Harris, manifestou "grave preocupação sobre os maus-tratos a migrantes haitianos", de acordo com comunicado emitido pelo gabinete da número 2 do governo americano.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou ontem que a investigação sobre o caso será completada na semana que vem e que os agentes envolvidos nos abusos já estão afastados das atividades de campo.

Na carta de demissão, Foote lamenta que a população do Haiti tenha "afundado na pobreza e sido mantida refém do terror", por quadrilhas que controlam o país, que necessita urgentemente de assistência.

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