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Dólar opera em queda, vendido a R$ 5,281, e Bolsa sobe mais de 2%; siga

Ontem o dólar caiu 0,84%, fechando a R$ 5,286 na venda - Reprodução
Ontem o dólar caiu 0,84%, fechando a R$ 5,286 na venda Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

22/09/2021 09h13Atualizada em 22/09/2021 14h29

O dólar comercial operava em queda e a Bolsa em alta na manhã de hoje, com alívio após medidas na China para lidar com a Evergrande. Por volta das 14h30 (de Brasília), a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,281, com queda de 0,11%.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava com valorização de 2,19%, aos 112.663,03 pontos.

Ontem (21) o dólar caiu 0,84%, fechando a R$ 5,286 na venda, e a Bolsa fechou a 110.249,727 pontos, com alta de 1,29%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Precatórios e Selic

Os mercados estão à espera das decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, conforme monitoravam a situação da China Evergrande e as discussões domésticas em torno dos precatórios.

Ontem, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicaram compromisso com a busca por solução para a conta bilionária de precatórios para 2022.

Pacheco disse que a PEC para resolver o problema dos precatórios no Orçamento do ano que vem preverá uma limitação do crescimento dessas despesas pela mesma dinâmica da regra do teto de gastos, enquanto Lira ressaltou intenção de respeitar o teto de gastos e criou a comissão especial que analisará o mérito da PEC dos precatórios.

"A solução para pagamento de precatórios parece estar chegando a um desfecho", escreveram analistas da XP em nota. "Consiste em uma mistura de várias propostas, mas tem como base a resolução que vinha sendo costurada via Conselho Nacional de Justiça (CNJ)."

Hoje, também concentram a atenção dos mercados as reuniões do Fed e do BC doméstico. A expectativa é de que o banco central norte-americano abra caminho para reduções em suas compras mensais de títulos, enquanto o Copom brasileiro deve elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano.

"Dado o diferencial de juros cada vez mais significativo (entre Brasil e economias avançadas), o real deveria ter maior apreciação, mas ruídos políticos domésticos não têm permitido essa valorização", disse à Reuters Mauro Morelli, estrategista da Davos Investimentos.

Ainda assim, ele ressaltou que o BC pode sinalizar nesta quarta-feira uma Selic mais alta do que o esperado anteriormente ao fim de seu ciclo de aperto de juros. Isso, somado às garantias frequentes do Fed de que redução em suas compras de títulos não significa, necessariamente, elevação iminente de juros, pode beneficiar a divisa brasileira adiante, afirmou Morelli.

Mas, para isso, é preciso "acertar o ruído político em Brasília e contornar a volatilidade antes das eleições de 2022".

Evergrande

Enquanto isso, no exterior, os operadores repercutiam a notícia de que a chinesa Evergrande concordou hoje em acertar o pagamento de juros de um título doméstico, afastando temores de calote iminente. A endividada incorporadora assustou os mercados no início da semana, desencadeando fuga para ativos considerados seguros em meio a temores de contaminação da economia mais ampla.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com Reuters

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