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EUA estudam reabrir fronteiras para viajantes vacinados, enquanto China restringe entrada

05/08/2021 06h50

Os Estados Unidos planejam reabrir suas fronteiras para visitantes estrangeiros totalmente vacinados contra a Covid-19, de acordo com comunicado feito pela Casa Branca nesta quarta-feira (4). Desde o início da pandemia, o país tem se destacado por adotar uma política restrita de entrada de viajantes.

No entanto, visitantes estrangeiros vindos do Brasil, China,  Índia e de alguns países da Europa, por exemplo, continuam  autorizados a entrar no país apenas sob justificativa de "motivo imperioso". Mas se a nova medida entrar em vigor, todos os estrangeiros "totalmente vacinados", ou seja, que já receberam as doses necessárias de cada imunizante, poderão visitar os Estados Unidos. Segundo a Casa Branca, "exceções limitadas" poderão ser aplicadas.

O país quer colocar em prática uma reabertura "segura e sustentável", mas ainda não estabeleceu os prazos para que a medida entre em vigor. Por enquanto, grupos de trabalho se dedicam a "desenvolver uma política para que estejam prontos quando chegar o momento de implementar este novo sistema", informou a Casa Branca.

Enquanto isso, do outro lado do oceano, a China caminha na direção contrária e restringe as viagens diante do aumento de contaminações. O país, que declarou ter controlado a pandemia após o vírus ser descoberto em seu território em dezembro de 2019, realiza testes em massa em sua população para detectar novas contaminações da variante Delta. Os dados oficiais desta quarta-feira revelaram 71 novos casos, o maior número desde janeiro.

Com isso, as autoridades chinesas anunciaram que deixarão de aceitar passaportes e outros documentos para viagens "não essenciais e não emergenciais". No entanto, as viagens ao exterior não foram proibidas.

Variante Delta provoca aumento de casos em todo o mundo

Ao todo, mais de 200 milhões de casos de Covid-19 foram registrados no mundo desde dezembro de 2019. Mas no momento, a taxa de infecções cresce principalmente devido à rápida disseminação da variante Delta. Por outro lado, o número de mortes está aumentando a um ritmo mais lento.

Na última quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que os países ricos não aplicassem uma terceira dose da vacina para tentar frear as desigualdades nas campanhas de imunização em relação aos países mais pobres, que ainda enfrentam dificuldades para vacinar seus cidadãos.

"Precisamos urgentemente mudar as coisas: de uma maioria de vacinas indo para países ricos para uma maioria indo para países pobres", declarou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que a medida deveria durar "pelo menos até o final de setembro".

O chefe da agência de saúde da ONU vem denunciando a desigualdade na distribuição de vacinas há meses. Dos 4 bilhões de doses injetadas no mundo, 80% foram para países de renda alta e média-alta, embora representem menos de 50% da população mundial.

Os Estados Unidos se posicionaram contra o pedido da OMS.  "É uma má escolha", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, rejeitando a ideia. Ela afirmou que os EUA "não precisam escolher entre doar vacinas a seus cidadãos ou a países pobres", pois "é possível fazer os dois".

Psaki também afirmou que os Estados Unidos já distribuíram cerca de 100 milhões de doses aos países menos favorecidos, o que seria "mais do que todos os outros países do mundo juntos", segundo Washington.

(Com informações da AFP)

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