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Justiça israelense adia decisão sobre expulsão de palestinos de Jerusalém Oriental

02/08/2021 17h46

Jerusalém, 2 Ago 2021 (AFP) - A Corte Suprema de Israel adiou nesta segunda-feira (2) a decisão sobre famílias palestinas ameaçadas de expulsão de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental. O bairro fica no setor palestino ocupado e anexado por Israel em 1967.

Quatro famílias apelaram para a Suprema Corte depois que tribunais inferiores determinaram sua saída em favor dos colonos israelenses. Mas em Israel só é possível, com poucas exceções, apelar uma vez para esta corte, que no passado já havia decidido pela expulsão. As famílias aguardam para saber se, excepcionalmente, podem apresentar este recurso.

"O tribunal poderia nos dar autorização para o recurso", disse o advogado das famílias, Sami Irshaid, à AFP, adiantando que uma decisão seria "pouco provável" no final do dia.

A lei israelense permite que os judeus reivindiquem "direitos de propriedade" em Jerusalém Oriental, se puderem provar que sua família morava lá antes da guerra de 1948. Os palestinos que perderam suas terras no conflito não têm essa opção.

As famílias afetadas disseram nesta segunda-feira que recusaram a oferta de permanecer em suas casas como "inquilinos protegidos", pagando um aluguel simbólico, mas reconhecendo a propriedade israelense das residências.

Após horas de audiências, o juiz Isaac Amit pediu às partes novos documentos e indicou que o tribunal "publicará a decisão mais tarde", sem especificar prazos.

A questão é explosiva no contexto do conflito israelense-palestino. Em maio, as manifestações em apoio aos vizinhos do xeque Jarrah levaram a confrontos com colonos e a polícia israelense em todo o território, incluindo a sagrada Esplanada das Mesquitas.

A tensão desencadeou a guerra de onze dias entre o movimento islâmico Hamas, que domina a Faixa de Gaza, e o Exército israelense, na qual 260 palestinos e 13 israelenses morreram.

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