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Palestino é morto por forças israelenses na Cisjordânia ocupada (Autoridade Palestina)

27/07/2021 20h04

Ramallah, Territórios palestinos, 27 Jul 2021 (AFP) - Um palestino morreu na noite desta terça-feira (27) atingido por um disparo israelense na entrada de uma localidade da Cisjordânia ocupada, cenário de confrontos entre manifestantes e forças israelenses há várias semanas, informaram autoridades palestinas.

Shadi Omar Lotfi Salim, de 41 anos, foi atingido "por uma bala" perto de Beita, informou o Ministério palestino da Saúde.

Mousa Hamayel, assistente do prefeito da localidade, disse à AFP que o homem foi morto na entrada de Beita por dois soldados israelenses quando voltava do trabalho.

"Foi morto a sangue frio", afirmou após assegurar que não houve manifestações no setor nesta terça-feira.

O Exército israelense, por sua vez, disse que "um palestino suspeito" durante uma patrulha de rotina perto de Beita, ao sul de Nablus, "se aproximou dos soldados com um objeto suspeito nas mãos, que foi identificado como uma barra de ferro".

Depois de alguns "tiros de advertência para o alto", o "suspeito continuou avançando e o comandante abriu fogo na sua direção", acrescentou o exército.

A força informou ter iniciado uma investigação sobre o incidente, que ocorre em meio a tensões por um projeto de colônia na região de Beita.

Colonos israelenses se instalaram no começo de maio em uma colina perto de Beita para fundar uma comunidade denominada Eviatar sem contar com a autorização do governo israelense.

Após semanas de tensões, alcançou-se um acordo com os colonos de Eviatar, que evacuaram o local, mas deixaram suas casas móveis enquanto o ministério da Defesa revisa os direitos de propriedade das terras para determinar se podem ser consideradas israelenses segundo o direito do Estado hebreu.

Se o ministério decidir a favor dos colonos, eles poderão voltar a ocupar suas casas móveis.

O acordo com os colonos foi refutado pelo prefeito de Beita, que disse que "os confrontos e as manifestações vão continuar" enquanto os israelenses "continuarem em nossas terras".

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