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Nova Zelândia vai receber mulher vinculada ao grupo Estado Islâmico

26/07/2021 02h43

Wellington, 26 Jul 2021 (AFP) - A Nova Zelândia anunciou nesta segunda-feira (26) que vai aceitar em seu território uma mulher vinculada ao grupo Estado Islâmico e seus dois filhos, depois que a Austrália cancelou sua cidadania.

A mulher, nascida na Nova Zelândia, identificada como Suhayra Aden, mudou-se para a Austrália aos seis anos e tinha dupla nacionalidade até que Canberra retirou sua cidadania no ano passado.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse na ocasião que "terroristas que combateram com organizações terroristas" perderiam o privilégio da cidadania.

Aden mudou-se da Austrália para a Síria em 2004 e viveu sob o Estado Islâmico.

A mulher de 26 anos disse em 2019 ao canal de notícias ABC em um campo de refugiados sírios que esteve casada com dois combatentes sírios do Estado Islâmico.

A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, disse que cancelar sua nacionalidade não a deixará sem país.

"Eles não são responsabilidade da Turquia e como a Austrália se nega a aceitar a família, significa que são nossos", disse Ardern em um comunicado.

A chefe de governo neozelandesa, que criticou Canberra por "abdicar de sua responsabilidade" no caso, disse que a mulher e as crianças serão entregues à Nova Zelândia a pedido da Turquia.

Ela assegurou que será tomado muito cuidado para minimizar qualquer risco para os neozelandeses.

"O planejamento por parte das agências foi duplo: garantir que se implementem todos os passos apropriados para abordar os possíveis problemas de segurança e ter os serviços adequados para apoiar a reintegração, com uma abordagem particular no bem-estar das crianças", disse.

Aden e seus filhos estavam detidos na Turquia desde fevereiro passado, quando cruzaram a fronteira com a Síria.

cf/hr/dva/rbu/mas/zm/mvv

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