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Moscou diz crer que incidente com destróier britânico foi "deliberado"

24/06/2021 13h52

Moscou, 23 jun (EFE).- O Kremlin descreveu nesta quinta-feira como "provocação deliberada e preparada" a passagem do destróier britânico "HMS Defender" por águas próximas à península da Crimeia, contra a qual a frota do Mar Negro da Marinha Russa afirma ter realizado disparos de advertência.

"Acreditamos que o destróier britânico incorreu em uma provocação. Além disso, lamentamos que tenha sido uma provocação deliberada e preparada", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em sua entrevista coletiva diária.

O representante do Kremlin assegurou que, caso as "provocações inaceitáveis" de Londres continuem, nenhuma opção pode ser descartada no que diz respeito ao direito da Rússia de defender sua fronteira.

Em seguida, Peskov comentou as declarações do vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Riabkov, que disse mais cedo que a Rússia apela ao bom senso, mas também pode usar a força para defender seu território.

"Os guardas de fronteira russos e suas forças armadas continuarão a agir firmemente em face de tais provocações, seguindo estritamente o direito internacional", garantiu Peskov.

No entanto, o Kremlin negou que no momento haja planos de incluir o Reino Unido na lista de países "hostis" em que já estão os Estados Unidos e a República Tcheca.

A Frota do Mar Negro da Marinha Russa informou ontem que disparou tiros de advertência contra o destróier britânico "HMS Defender" ao sul do Cabo Fiolent, na Crimeia, depois que a tripulação não reagiu aos pedidos do lado russo para se retirar da área.

Londres tentou minimizar o incidente, alegando que o navio estava navegando "por águas territoriais ucranianas, de acordo com o direito internacional", e não ouviu qualquer salva de alerta do lado russo.

O Ministério da Defesa informou, por sua vez, que o destróier, que a Frota do Mar Negro vinha perseguindo desde 14 de junho, "foi avisado com antecedência sobre o possível uso de armas no caso de violar a fronteira estatal da Rússia".

Enquanto a Rússia considera sua a faixa de mar em torno da Crimeia, cuja anexação em 2014 não foi reconhecida internacionalmente, o Reino Unido considera que esta continua a pertencer à Ucrânia.

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