EUA evacuará alguns intérpretes afegãos antes da retirada das tropas, diz alto funcionário
Washington, 24 Jun 2021 (AFP) - Os Estados Unidos planejam evacuar pelo menos alguns intérpretes afegãos que trabalharam com suas tropas antes da retirada total dos soldados posicionados no Afeganistão, informou um alto funcionário americano nesta quinta-feira (24).
A medida manteria em segurança os intérpretes, que enfrentam possível represália violenta por parte das forças do Talibã, enquanto são processados seus vistos de imigração para entrar nos Estados Unidos, informou o funcionário, que falou sob condição de anonimato.
"Nós identificamos um grupo de solicitantes de SIV (Visto Especial de Imigrante) que serviram como intérpretes a serem realocados para um local fora do Afeganistão antes de concluirmos nossa retirada militar em setembro, a fim de concluir o processo de solicitação de visto", indicou.
Não foi especificado o número de intérpretes a serem evacuados ou para onde serão levados, mas sabe-se que seus pedidos de visto "já estavam em andamento".
"Não abandonaremos aqueles que nos ajudaram", afirmou Joe Biden, questionado sobre o assunto em entrevista coletiva na Casa Branca. Quando questionado sobre os países que poderiam hospedar temporariamente esses intérpretes, ele respondeu: "Não sei".
Após a retirada das troas, o processamento do visto continuará, "mesmo para aqueles que permanecerem no Afeganistão", acrescentou o alto funcionário sob anonimato.
"Se necessário, consideraremos opções adicionais de realocação ou evacuação", assegurou.
Cerca de 18 mil afegãos que trabalharam com as forças americanas desde que começaram a operar no Afeganistão, depois dos ataques de 2001 contra os Estados Unidos, esperam emigrar para solo americano temendo represálias caso o Talibã volte ao poder.
Mas o processo para esses vistos é extremamente longo e eles correm o risco de ficar presos se o governo afegão entrar em colapso logo após a saída das tropas estrangeiras.
Alguns legisladores e organizações de direitos humanos estão pedindo ao governo Biden que evacue os afegãos com casos pendentes para a ilha de Guam, no Pacífico.
Em abril, Biden ordenou a partida dos 2.500 soldados ainda presentes no Afeganistão, antes de 11 de setembro, aniversário dos ataques de 2001, que provocaram a invasão americana nesse país asiático.
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