Choques entre manifestantes e policiais deixam seis mortos em Mianmar
Yangon, 22 Jun 2021 (AFP) - Quatro opositores da junta militar e pelo menos dois membros das forças de segurança morreram em Mianmar nesta terça-feira (22), em um contexto de intensa e persistente tensão desde o golpe de 1º de fevereiro que derrubou Aung San Suu Kyi.
Os confrontos começaram durante uma operação do Exército e da polícia em uma casa no município de Chan Mya Tharsi, em Mandalay. De acordo com um comunicado, as forças de segurança foram recebidas com granadas e tiros de armas leves.
Dois oficiais morreram no assalto, disseram fontes militares à AFP, e pelo menos dez ficaram feridos.
Quatro "terroristas" também morreram, e oito foram detidos em posse de minas artesanais, granadas e armas leves, acrescentou a junta.
Desde o golpe, que pôs fim a um período democrático de dez anos no país, Mianmar tem sido palco de manifestações, greves gerais que paralisaram a economia e confrontos cada vez mais importantes e letais entre o Exército e grupos étnicos rebeldes.
As forças de segurança reprimem à força a mobilização pró-democracia, e mais de 870 civis foram mortos, incluindo crianças, segundo a Associação de Ajuda aos Presos Políticos (AAPP).
Mais de 5.000 pessoas foram presas, e as ONGs denunciaram casos de execuções extrajudiciais, de tortura e de violência contra as mulheres.
Essa dura repressão levou muitos oponentes da junta a formarem uma "Força de Defesa do Povo" (PDF), composta por civis que enfrentam as forças de segurança com armas caseiras. Dificilmente, no entanto, essas milícias podem rivalizar com o Exército e seus poderosos recursos.
bur-rma/sde/pz/es/tt
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