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Juiz peruano declara infundado pedido de prisão preventiva de Keiko Fujimori

21/06/2021 20h58

Lima, 21 Jun 2021 (AFP) - A justiça peruana livrou a candidata presidencial de direita Keiko Fujimori de retornar à prisão preventiva no âmbito do caso Odebrecht, após declarar infundado um pedido do Ministério Público (MP) nesta segunda-feira (21).

"Declara-se infundado o pedido do Ministério Público de revogar a restrição de comparecimento e de reemitir a prisão preventiva", anunciou o juiz Víctor Zuñiga ao proferir sua decisão ao final de uma audiência presencial de duas horas que contou com a presença de Keiko Fujimori, sua advogada, Giuliana Loza, e do promotor anticorrupção José Domingo Pérez.

O juiz exortou Fujimori "ao cumprimento estrito de todas as restrições impostas", como não se reunir com testemunhas do caso desde que goza do comparecimento restrito, em maio de 2020.

O promotor apelará da decisão judicial que livra a candidata presidencial de voltar à prisão, em um momento em que o país continua esperando para saber quem foi o vencedor do segundo turno de 6 de junho entre ela e o esquerdista Pedro Castillo.

A audiência foi transmitida ao vivo pelo canal de TV do Poder Judiciário, o Justicia TV. Não houve imprensa, nem público na sala, embora do lado de fora do tribunal dezenas de simpatizantes de Keiko tenham se aglomerado.

O juiz, o procurador, a advogada e Keiko Fujimori foram os únicos presentes na sala, além de um par de auxiliares. Todos usavam duas máscaras para evitar o contágio pela covid-19.

"Considero que é arbitrária, desproporcional e injusta a revogação das restrições que venho cumprindo", como parte da liberdade condicional de que desfruta, disse Keiko Fujimori ao fazer uso da palavra durante a audiência.

O promotor anticorrupção pediu em 11 de junho "revogar o comparecimento com restrições [liberdade condicional] pela prisão preventiva para Keiko Fujimori" no âmbito da suspeita de lavagem de ativos por aportes da empreiteira brasileira Odebrecht para suas campanhas de 2011 e 2016.

"Determinou-se novamente que a acusada Fujimori Higuchi descumpre a restrição de não se comunicar com as testemunhas; pois foi advertido como fato público e notório que se comunica com a testemunha Miguel Torres Morales", argumentou o promotor em sua solicitação ao tribunal.

Fujimori, de 46 anos, apresentou-se em 8 de junho em uma coletiva de imprensa em Lima para pedir ao Júri Nacional de Eleições (JNE) a anulação de 802 atas do segundo turno - cerca de 200.000 votos -, acompanhada de Torres Morales, na qualidade de assessor.

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