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Filho de Maduro diz confiar que diálogo com Guaidó leve ao fim das sanções

19/06/2021 02h48

Caracas, 18 jun (EFE).- O deputado venezuelano Nicolás Maduro Guerra, filho do presidente Nicolás Maduro, expressou nesta sexta-feira sua confiança de que o processo de negociação com o grupo opositor liderado por Juan Guaidó levará à suspensão das sanções internacionais contra o país.

"Sim, eu confio plenamente, é muito necessário. É muito arrogante um país vir e querer ser seu pai ou seu supervisor, isso é muito arrogante, aqui há países soberanos", declarou Maduro Guerra em entrevista à Agência Efe na qual também disse que a política de sanções dos Estados Unidos é um "fracasso".

No último mês de maio, Guaidó anunciou sua disposição de negociar com o governo de Maduro um "acordo de salvação nacional" para superar a crise que assola a Venezuela.

A oposição espera conseguir eleições gerais "livres" e "justas" e, a essa proposta, Maduro respondeu dizendo que está pronto para se reunir com "toda a oposição", mas exige que as sanções internacionais sejam suspensas antes de se sentar para dialogar.

Por sua parte, Guaidó condiciona essa suspensão a que o governo também ceda em suas posições.

Em meio a esses desacordos, ainda não há data para as duas partes se sentarem à mesa para iniciar as negociações.

Sobre as sanções, Maduro Guerra assegurou hoje que os EUA "perceberam que a política em relação à Venezuela não está funcionando".

Por isso, e apesar de afirmar que "os processos nos EUA são lentos e burocráticos", destacou que já existem "conversas com todos os setores da sociedade americana".

"É minha opinião pessoal, não faço parte dessa mesa de negociações, mas o que pude constatar é que está no caminho certo", afirmou o deputado chavista.

A este respeito, salientou que o que o partido governista quer é "condições de fazer política" e garantiu que não vê problemas em eventualmente passar ao papel de oposição.

"Se amanhã vencer a direita, a presidência da República, acho que eles não vão nos querer como oposição. Seremos uma oposição implacável que eles não souberam ser", ressaltou.

No entanto, deixou claro que vai "trabalhar para que isso não aconteça" e que o governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) "continue a governar".

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