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Um manifestante morto e quatro policiais feridos em novo dia de protestos em Cali

18/06/2021 14h41

Bogotá, 18 Jun 2021 (AFP) - Um novo dia de confrontos entre policiais e manifestantes que bloqueiam estradas na cidade de Cali, sudoeste da Colômbia, em rejeição ao governo, deixou um manifestante morto e quatro agentes feridos, segundo as autoridades.

Os confrontos começaram na tarde de quinta-feira, quando a polícia tentou dispersar homens encapuzados que montaram uma barricada em uma das entradas da cidade, epicentro dos protestos que mataram dezenas desde o final de abril.

"Nossos policiais foram recebidos com armas de fogo, tiros, deixando um policial ferido por arma de fogo e três outros lesionados", disse o subcomandante da polícia de Cali, coronel Guillén Amaya, em nota à mídia nesta sexta-feira.

Juan David Muñoz, um homem de 23 anos que estava na barricada, morreu durante o confronto, disse à AFP um porta-voz da Secretaria de Segurança da cidade, sem dar detalhes sobre a causa da morte.

"A última opção é a força letal, mas quando dispararam contra nossos policiais (...) eles reagiram com suas armas de forma legítima", acrescentou em coletiva de imprensa o responsável pela Segurança, Carlos Soler.

O confronto, que também deixou quatro veículos incinerados, ocorreu em uma área conhecida como Paso del Comercio, onde manifestantes interromperam o tráfego com bloqueios desde 28 de abril, quando multidões saíram às ruas para protestar contra um arrecadação de impostos agora retirado projeto para a classe média.

Embora o Comitê de Greve Nacional, o setor mais visível do protesto, tenha suspendido as manifestações na terça-feira, outros setores insatisfeitos com o governo mantêm marchas, concentrações e bloqueios ativos em várias partes de Cali e Bogotá.

O enviado especial da União Européia, Eamon Gilmore, expressou nesta quinta-feira ao presidente colombiano, Iván Duque, a "preocupação" dos países da comunidade pelas mortes de manifestantes durante a revolta social.

Pelo menos 62 pessoas morreram em cinquenta dias de protestos, segundo autoridades civis e a Defensoroa do Povo (ombudsman), que zela pelos direitos humanos. Dois dos falecidos eram uniformizados.

jss/vel/dga/ap

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