CPI abre investigação contra Pazuello, Queiroga e mais 12
A medida chega quase dois meses após a instalação oficial da CPI, que apura as ações e eventuais omissões do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus, que já fez quase meio milhão de vítimas no Brasil, sem contar a subnotificação.
"Isso acentua um momento da investigação. Significa dizer que, com relação a essas pessoas, contra as quais já acessamos provas e indícios, nós precisamos mudar o patamar da própria investigação, transformando-as em investigas", disse o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Além de Pazuello e Queiroga, também passam a ser investigados o ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e o ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) Fábio Wajngarten.
A CPI também vai investigar médicos e empresários suspeitos de integrarem o chamado "gabinete paralelo", grupo que teria aconselhado Bolsonaro sobre a pandemia à revelia do Ministério da Saúde.
Entre eles estão os médicos Nise Yamaguchi e Paolo Zanotto, o empresário Carlos Wizard, que não apareceu para depor na CPI, e o professor de direito Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.
A lista de investigados ainda inclui o anestesista Luciano Dias Azevedo, suposto autor da minuta de um decreto para mudar a bula da cloroquina; Élcio Franco Filho, "número 2" da Saúde na gestão Pazuello; Hélio Angotti, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde; Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde e conhecida como "capitã cloroquina"; Francieli Frantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações; e Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas.
"Isso é bom para a investigação e a segurança jurídica do próprio investigado", acrescentou Renan Calheiros. No papel de relator, caberá ao senador do MDB escrever o parecer final da CPI e encaminhar eventuais pedidos de indiciamento ao Ministério Público. (ANSA).
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