Moscou decreta vacinação obrigatória de 60% dos funcionários do setor de serviços
"Diante da complexa situação epidemiológica, o chefe da Saúde da cidade de Moscou decretou hoje a vacinação obrigatória dos funcionários dos setores de serviços", anunciou em seu blog o prefeito da capital russa,Sergey Sobyanin.
O decreto das autoridades sanitárias confirma que as infecções dispararam a partir do dia 6, com um aumento diário de entre 11% e 20%.
Além disso, o prefeito de Moscou alertou que "a mortalidade atingiu os níveis dos picos do ano passado".
"Nas últimas 24 horas, morreram mais de 70 pessoas. A maioria delas nem teria adoecido se tivessem sido vacinadas a tempo", lamentou.
Embora tenha admitido que a vacinação é um assunto pessoal, Sobyanin ressaltou que deixa de sê-lo quando os cidadãos vão para as ruas e se tornam "co-participantes do processo epidêmico".
"Além do mais, quando você trabalha em uma entidade que oferece atendimento a um número indeterminado de pessoas em condições de epidemia, não é mais uma questão pessoal, independentemente dos meios de proteção individual utilizados", frisou.
Até hoje, as autoridades russas insistiam que a vacinação era voluntária, mas aparentemente a relutância dos russos em se vacinar obrigou à determinação dessa medida.
Embora a Rússia tenha quatro vacinas locais - as de duas doses Sputnik V, EpiVacCorona e CoviVac, e a de dose única Sputnik Light - a campanha de vacinação no país, que começou em janeiro deste ano, está progredindo lentamente, principalmente devido à relutância de população a ser vacinada.
Uma pesquisa realizada em maio passado pelo Levada Center revelou que 62% dos russos não querem ser vacinados com a Sputnik V, principal imunizante utilizado na campanha de vacinação e que, segundo seus desenvolvedores, tem 97% de eficácia.
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