Proibição do uso de maconha faz GM sofrer com falta de funcionários nos EUA
A General Motors está enfrentando um problema um tanto quanto curioso em suas fábricas no estado norte-americano de Michigan. De acordo com a publicação local Detroit Free Press, uma boa parte das pessoas que vão procurar emprego não se encaixam no grupo ideal da marca.
Muitos rejeitam o salário inicial abaixo de US$ 17 (R$ 85) por hora, enquanto outros não conseguem passar no teste de drogas da montadora - que inclui exames de cannabis.
O uso de maconha é permitido pela lei do estado de Michigan desde 2008, tanto para fim medicinal quanto para recreativo. Porém, a GM proíbe o uso da cannabis para seus funcionários nas cinco fábricas que possui no estado.
O controle é rígido, com a realização de exames de drogas em funcionários por amostras de cabelo. Desta maneira, se pode rastrear o uso de substâncias como a maconha semanas após o uso.
Eric Welter, presidente do sindicado United Auto Workers local, diz que quando os candidatos em potencial descobrem que os testes incluem maconha, eles simplesmente não aparecem para a entrevista.
"Você tem esse grupo de candidatos que você sabe que pode fumar maconha à noite, em vez de beber algo", disse Welter. "É meio bobo perder bons trabalhadores. A maconha não cria os problemas que outras drogas criam."
Rich LeTourneau, presidente da fábrica da GM, falou: "Queremos contratar funcionários temporários, mas simplesmente não conseguimos. Ninguém quer vir trabalhar aqui."
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