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Presidentes da Itália e Tunísia discutem migração e vacinas

16/06/2021 13h01

ROMA, 16 JUN (ANSA) - Os presidentes da Itália, Sergio Mattarella, e da Tunísia, Kais Saied, se reuniram nesta quarta-feira (16) em Roma e debateram tanto o controle do fluxo migratório como a distribuição de vacinas anti-Covid para países mais pobres.   

Segundo fontes do Quirinale, os dois discutiram um dossiê sobre o assunto e concordaram que se trata de um "fenômeno épico" que não será resolvido apenas com políticas de segurança, mas também combatendo o "odiável fenômeno do tráfico de pessoas".   

Os dois líderes destacaram que é preciso criar condições de desenvolvimento na África para evitar que as pessoas busquem deixar seus países para buscar oportunidades de trabalho ou fugir da fome e de conflitos locais.   

Atualmente, a Tunísia está na segunda colocação das nacionalidades que mais chegam à Itália em 2021. Dos 17.698 deslocados que chegaram pelo Mediterrâneo, 2.627 vieram do território tunisiano. A primeira colocação, com 2.704 pessoas, é de Bangladesh.   

Além da reunião em âmbito nacional, a Itália vem tentando fechar um acordo sobre o tema por meio da União Europeia. No mês passado, a ministra do Interior italiana, Luciana Lamorgese, e a comissária europeia para Assuntos Internos, Ylva Johansson, se comprometeram a ajudar o governo a controlar o fluxo de migrantes que partem em direção à Europa.   

Ainda no âmbito das questões migratórias, Mattarella e Saied debateram a situação da Líbia, que traz instabilidade para toda a região e o líder tunisiano destacou que o território só terá paz "assim que os mercenários e as tropas estrangeiras" saírem da Líbia.   

Covid-19 - Os dois presidentes ainda concordaram que é preciso ajudar os países pobres e em desenvolvimento a vacinarem suas populações contra a Covid-19.   

Atualmente, a Itália é a segunda maior parceira comercial dos tunisianos entre as nações da União Europeia, além de ter uma ligação cultural histórica.   

Para Mattarella e Saied, a pandemia do coronavírus Sars-CoV-2 "ensinou ainda mais que nenhum Estado pode desprezar algum outro" porque é preciso ter uma "visão sólida e multilateral das relações internacionais". (ANSA).   

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