UE e EUA apostam em eleições "livres e justas" na Venezuela
Ambos afirmaram esse compromisso em comunicado conjunto após a cúpula de hoje em Bruxelas, na qual o principal avanço foi o acordo para estender a suspensão de tarifas mútuas em decorrência da disputa sobre subsídios à Airbus e à Boeing, um dos mais antigos choques comerciais na história da Organização Mundial do Comércio (OMC).
No capítulo de política externa, os líderes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen e Charles Michel, respectivamente, e o presidente dos EUA, Joe Biden, se comprometeram a fortalecer sua colaboração para ajudar a América Latina e o Caribe, com uma menção especial à situação na Venezuela.
"Estamos empenhados em fortalecer nossa cooperação com os países da América Latina e do Caribe para apoiar a recuperação socioeconômica, enfrentar a vulnerabilidade econômica e promover uma governança democrática mais forte, incluindo o apoio a um resultado negociado que conduza a eleições livres e justas na Venezuela", diz um dos pontos da declaração conjunta.
A UE e os EUA não reconhecem os resultados das eleições realizadas na Venezuela em dezembro do ano passado e mantêm sanções econômicas seletivas contra o regime.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, exigiu no último dia 5 que "sejam suspensas as sanções e todas as medidas coercitivas unilaterais contra a Venezuela por parte dos países imperiais do Ocidente e do Norte" como uma das condições para o início das negociações com a oposição.
Maduro ratificou então sua vontade de ir "de boa fé" ao diálogo com a oposição, à qual se espera que todas as facções anti-chavismo se unam uma vez estabelecidas todas as condições.
Mas as condições estabelecidas por Maduro estão longe das da oposição, o que está atrasando a tomada de uma decisão final sobre quando e onde essas conversas começarão, caso venham a ocorrer.
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