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OTAN pede que China "atue com responsabilidade" no cenário global

15/06/2021 03h50

Bruxelas, 14 jun (EFE).- Os líderes da OTAN pediram nesta segunda-feira à China que cumpra seus compromissos internacionais e atue com responsabilidade no cenário global, assim como expressaram preocupação com as "políticas coercitivas" aplicadas por Pequim, que consideraram contrárias aos valores da Aliança.

"Exortamos a China a cumprir seus compromissos internacionais e a atuar com responsabilidade no sistema internacional, incluindo nos domínios espacial, cibernético e marítimo, de acordo com seu papel de grande potência", declararam os líderes da OTAN nas conclusões conjuntas da cúpula realizada hoje em Bruxelas.

No texto, os dirigentes destacam a "crescente influência e política internacional da China", que "podem apresentar desafios" que a OTAN deve enfrentar em conjunto "na defesa da sua segurança e interesses".

"As ambições declaradas e o comportamento assertivo da China apresentam desafios sistêmicos à ordem internacional baseada em regras e outras áreas relevantes para a segurança da Aliança. Estamos preocupados com políticas coercitivas que contrastam com os valores fundamentais que o Tratado de Washington preserva", advertiram.

A OTAN também alertou para a rápida expansão do arsenal nuclear de Pequim "com mais ogivas e um maior número de sistemas sofisticados para estabelecer uma tríade nuclear", ou seja, a divisão do arsenal atômico de um país em mísseis terrestres, projéteis carregados por bombardeiros estratégicos e os transportados por submarinos nucleares.

Segundo enfatizaram, a China é "pouco transparente na implementação de sua modernização militar e sua estratégia de fusão civil-militar declarada publicamente" e, além disso, "coopera militarmente com a Rússia, inclusive por meio da participação em exercícios russos na área euro-atlântica".

"Continuamos preocupados com a habitual falta de transparência e com o uso de desinformação por parte da China", completaram os líderes da OTAN.

Por outro lado, os líderes dizem acolher positivamente "oportunidades para interagir" com a China "em áreas de relevância para a Aliança e em desafios comuns, como as alterações climáticas" e para manter um diálogo construtivo com Pequim "sempre que possível", uma vez que enxergam valor nas "trocas de informação sobre as respectivas políticas e atividades para discutir potenciais desacordos".

"Os aliados exortam à China que assuma um compromisso significativo com o diálogo, a construção da confiança e as medidas de transparência em torno das suas capacidades e doutrina nucleares. A transparência e a compreensão mútuas beneficiariam tanto a OTAN como a China", concluem os aliados no texto.

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