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Reunião da Otan discute China, Rússia e ataques cibernéticos

14/06/2021 13h57

BRUXELAS, 14 JUN (ANSA) - A cúpula de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), realizada nesta segunda-feira (14) em Bruxelas, na Bélgica, debateu assuntos de importância estratégica, como os constantes ataques cibernéticos, e evidenciou ainda mais a rivalidade do grupo com a China e a Rússia.   

Na declaração final, os líderes afirmam que a "crescente influência da China e as suas políticas internacionais podem apresentar desafios sistêmicos que precisamos enfrentar de maneira conjunta como uma Aliança" e ressaltam que o grupo vai "interagir com a China para defender os interesses de segurança" do bloco.   

"A China está cooperando militarmente com a Rússia, também através da participação em exercícios russos na área euro-atlântica", destacando que essa cooperação também está aumentando a expansão nuclear chinesa.   

Já sobre a Rússia, além das preocupações militares, a Otan denunciou que Moscou "intensificou as suas ações híbridas contra aliados e parceiros", incluindo "tentativas de interferências nas eleições e nos processos democráticos; pressões e intimidações políticas e econômicas; campanhas de desinformação difusas; atividades informáticas danosas; além de fechar os olhos sobre os criminosos da informática que operam em seu território, incluindo os que colocam na mira e destroem infraestruturas críticas".   

Recentemente, os governos do ex-presidente dos EUA Donald Trump e do atual, Joe Biden, acusaram a Rússia de fazer ataques hackers contra órgãos estatais, secretarias e empresas sensíveis, como no caso da companhia que administra o maior gasoduto norte-americano. Moscou sempre negou as acusações.   

"Somos cada vez mais confrontados com ameaças cibernéticas e híbridas, incluindo a campanha de desinformação, e o uso danoso de tecnologias novas cada vez mais sofisticadas. Os rápidos progressos no campo do Espaço estão influenciando nossa segurança. A maior responsabilidade da Aliança é proteger e defender os nossos territórios e as nossas populações de ataques e enfrentaremos todas as ameaças e os desafios que influenciam a segurança euroatlântica", diz o comunicado.   

Biden, que participa de sua primeira reunião de cúpula do órgão e está trabalhando fortemente nos bastidores para que os europeus comecem a pressionar a China, postou uma mensagem no Twitter dizendo que a Otan "está mais forte do que nunca" e que os seus "29 aliados debatem a nossa defesa coletiva".   

Itália - Participando de sua primeira cúpula da Otan, o premiê da Itália, Mario Draghi, afirmou que seu governo "está empenhado a contribuir financeiramente ainda mais" com o órgão.   

"A Itália sustenta plenamente as decisões de iniciar - através da Otan 2030 - um processo de nova adaptação para a próxima década e de atualização do Conceito Estratégico 2010, baseado em três objetivos fundamentais: defesa coletiva, gestão de crises e cooperação em matéria de segurança", ressaltou.   

Draghi concordou com Biden e disse que "as condições de segurança estão ainda em rápida evolução", mas que "essa é a centralidade da Aliança mais potente e vencedora da história".   

"Enquanto buscamos virar a página depois de uma das mais graves crises sanitária, econômica e financeira da história contemporânea, reconhecemos que a segurança é um pressuposto necessário para preservar e reforçar as nossas democracias e os nossos sistemas econômicos e sociais", disse o premiê ao referir-se à pandemia de Covid-19.   

Além de falar sobre questões ligadas à China e à Rússia, o italiano afirmou que a posição de defesa da Otan tem "um amplo espectro" e também atinge a "constante instabilidade da região mediterrânea". (ANSA).   

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