México pede à Israel extradição de ex-diplomata acusado de crimes sexuais
México, 14 Jun 2021 (AFP) - O governo mexicano solicitou a Israel a extradição do escritor e ex-diplomata mexicano Andrés Roemer, acusado de estupro e abuso sexual por várias mulheres, informou nesta segunda-feira (14) o Ministério Público da Cidade do México.
A solicitação foi feita sob "o princípio de reciprocidade internacional" e conta com o apoio da procuradoria-geral e da secretaria de Relações Exteriores do México, disse a procuradora Ernestina Godoy em uma mensagem de vídeo.
"Com o anterior, esperamos conseguir sua apreensão e transferência ao México para que seja colocado à disposição de um juiz o quanto antes", disse a funcionária.
O MP havia anunciado anteriormente que o ex-diplomata, de nacionalidade mexicana e israelense, era procurado pela Interpol a pedido do governo mexicano, após uma ordem de prisão do Tribunal Superior de Justiça da Cidade do México.
As acusações contra Roemer - que somam quase 60, segundo um coletivo feminista - começaram em fevereiro, quando a bailarina Itzel Schnaas o acusou de agressão sexual.
O intelectual negou "firmemente" no Twitter a primeira acusação, mas se afastou das redes sociais à medida que aumentavam as denúncias contra ele.
De acordo com essas versões, o ex-funcionário costumava convidá-las para sua casa ou escritório com o pretexto do trabalho, e depois as tocava sem consentimento.
Roemer, de 57 anos, foi cônsul do México em San Francisco, Estados Unidos. Também realizava trabalho de filantropia e serviu como embaixador de boa vontade na UNESCO, organização que rompeu relações com ele após os casos de denúncia de estupro.
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