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China reage e acusa G7 de 'manipulação política'

14/06/2021 08h49

BRUXELAS, 14 JUN (ANSA) - A China reagiu nesta segunda-feira (14) às críticas recebidas durante a mais recente cúpula do G7 e acusou o grupo de "manipulação política" e de "interferência" em seus assuntos internos.   

A resposta chega após a reunião dos líderes do G7 na Cornualha, no Reino Unido, quando os países ricos cobraram colaboração de Pequim em uma segunda investigação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a origem do novo coronavírus e criticaram as violações dos direitos humanos da minoria uigure em Xinjiang e os ataques à liberdade em Hong Kong.   

"O grupo dos sete explora as questões relativas a Xinjiang para se dedicar à manipulação política e interferir nos assuntos internos da China", disse um porta-voz da Embaixada do país asiático em Londres.   

O representante ainda afirmou que a origem da pandemia de Covid-19 é uma "questão científica". "A China sempre manteve uma postura aberta e transparente e assumiu um papel de liderança na cooperação com a OMS", acrescentou.   

Uma investigação conduzida pela organização no início do ano determinou que é "extremamente improvável" que o Sars-CoV-2 tenha escapado de um laboratório de virologia em Wuhan, marco zero da pandemia, mas a China não concedeu plena liberdade de atuação para os cientistas da OMS.   

A Embaixada de Pequim no Reino Unido também acusou os EUA e os outros países de "ignorarem os fatos e a ciência", fazendo "acusações irracionais contra a China".   

Ainda durante a cúpula, no fim de semana, a sede diplomática já havia dito que os "dias em que as decisões globais eram ditadas por um pequeno grupo de países terminaram há muito tempo".   

Otan - A "questão chinesa" deve seguir em pauta nesta segunda-feira, durante a cúpula dos líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas.   

Ao chegar à capital belga, o premiê britânico, Boris Johnson, tentou esfriar a discussão e disse que ninguém "quer uma guerra fria com a China". "Enxergamos uma série de desafios, uma série de coisas que devemos gerir juntos, mas também enxergamos oportunidades", ressaltou.   

Já o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que a Otan deve "enfrentar com força a narrativa dos governos autoritários", enquanto o presidente dos EUA, Joe Biden, deixou claro que a Rússia e a China são os principais desafios da aliança militar.   

"Há uma crescente consciência nos últimos dois anos de que temos novos desafios. Temos a Rússia, que não age como esperávamos, e também a China", disse.   

"A China não é nosso adversário, mas persegue políticas coercitivas, não compartilha de nossos valores e investe pesadamente em defesa", reforçou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. (ANSA).   

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