Brasil recebe 3 mi de doses da vacina da J&J na 3ª, aplicação será feita em capitais
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil receberá na terça-feira 3 milhões de doses da vacina contra Covid-19 da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, que serão aplicadas apenas nas capitais do país, disse neste sábado o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O ministro fez o anúncio após a agência reguladora dos Estados Unidos Food and Drugs Administration (FDA) autorizar a vinda das doses ao Brasil e ampliar a validade dos imunizantes de 27 de junho para 8 de agosto. Além disso, disse o ministério, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve avaliar nesta semana pedido da Janssen por uma prorrogação maior da validade das doses.
"Essas vacinas devem chegar no Brasil na terça-feira pela manhã", disse Queiroga em entrevista coletiva na sede da pasta, lembrando que, ao contrário das vacinas contra Covid-19 hoje em uso no Brasil, o imunizante da Janssen é de dose única, o que significa que, com essas doses que chegarão, 3 milhões de pessoas terão o esquema vacinal completo ao recebê-las.
O ministro afirmou que as doses da vacina da Janssen virão da unidade que produz doses do imunizante em Baltimore, nos EUA, a mesma planta onde foram registrados problemas de contaminação que levaram a FDA a pedir que a farmacêutica descartasse cerca de 60 milhões de doses da vacina.
Queiroga disse, no entanto, que a vinda das vacinas ao Brasil foi autorizada pelo órgão regulador norte-americano e que portanto, elas são seguras.
"Essas doses são seguras. As autoridades sanitárias americanas são rigorosas e a nossa Anvisa também, de tal maneira que podemos atestar que é algo seguro e que o brasileiro poderá usar essas doses com segurança", garantiu o ministro.
Também presente na entrevista coletiva, o secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, afirmou que houve um desconto de 25% no contrato da Janssen com o governo brasileiro, que prevê a compra de 38 milhões de doses de vacinas da marca, o que implicará em uma redução de 480 milhões de reais em relação ao valor previsto inicialmente.
Segundo ele, isso se deveu à decisão da farmacêutica de não lucrar com este primeiro contrato e à evolução do processo de fabricação, que a levou a perceber que o custo de produção será menor do que o previsto originalmente.
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