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Independentes e oposição vão controlar Constituinte no Chile

17/05/2021 09h55

SANTIAGO, 17 MAI (ANSA) - Com uma votação surpreendente, os candidatos independentes representarão a maioria na Assembleia Constituinte do Chile, que reescreverá a Constituição, após as eleições deste domingo (16). A segunda força serão os membros da oposição e a minoria ficará com os governistas.   

Com cerca de 90% dos votos computados até a manhã desta segunda-feira (17), divulgados pelo Serviço Eleitoral (Servel), dois terços dos 155 eleitos estão fora da base governista. A lista Vamos por Chile, de centro-direita e que apoia Sebastián Piñera, tem 37 assentos, muito aquém dos 52 necessários para ter a maioria. Além disso, há 17 membros de povos indígenas eleitos.   

Piñera admitiu a derrota em uma declaração à população, em que pontuou que o governo "não conseguiu se adequar e sintonizar com os desejos dos cidadãos" e que os chilenos "deram uma mensagem clara e forte para o governo e para a política tradicional".   

"Nós perdemos a disputa com as novas expressões políticas e novas lideranças. É nosso dever escutar com humildade e atenção a mensagem do povo e nos esforçar para interpretar e responder melhor às necessidade e às esperanças dos chilenos. Essa mensagem forte e clara pede uma profunda reflexão por parte do governo, e também de todas as forças políticas tradicionais", acrescentou.   

A taxa de comparecimento às urnas foi baixa, de 37% entre quase 15 milhões de eleitores aptos. Além disso, essa será a primeira Assembleia paritária da história do país, com forças divididas igualmente entre homens e mulheres.   

A Constituinte foi convocada após uma votação histórica em novembro de 2019, quando os chilenos aprovaram em plebiscito a mudança na Constituição do país. A Carta Magna vigente foi elaborada ainda na ditadura de Augusto Pinochet, que ficou no poder entre 1973 a 1990. (ANSA).   

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