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Gestor moderno e relação com avô: repercussão da morte de Covas pelo mundo

do UOL

Herculano Barreto Filho e Amanda Rossi

Do UOL, no Rio e em São Paulo

16/05/2021 15h23

"Membro de uma das dinastias políticas mais importantes do país", "gestor moderno" e um político que "se mudou temporariamente para a Prefeitura para lidar melhor com a crise" provocada pela pandemia de coronavírus. Estes são alguns dos destaques da cobertura internacional sobre a morte de Bruno Covas, neste domingo (16).

"Este jurista de formação se beneficiou de uma imagem de gestor moderno, que contrasta com a grande polarização da política brasileira", escreveu o jornal francês Le Monde.

"Apesar da doença, [Covas] continuou a exercer as funções de prefeito da cidade mais populosa do Brasil e enfrentou a crise provocada pela epidemia de coronavírus, que gerou mais de 29 mil mortes em São Paulo", continuou o Le Monde.

16.05.2021 -- Notícia no jornal espanhol El Pais sobre a morte de Bruno Covas - Reprodução - Reprodução
Notícia no jornal espanhol El Pais sobre a morte de Bruno Covas
Imagem: Reprodução

A agência Bloomberg, focada no noticiário econômico, também realçou o esforço de Bruno Covas contra o coronavírus. "Covas passou a maior parte do ano passado lutando contra a pandemia de coronavírus. O prefeito, que chegou a ser diagnosticado com covid-19 no ano passado, se mudou temporariamente para a Prefeitura para lidar melhor com a crise".

À Bloomberg, o economista-chefe da corretora de valores XP, Caio Megale, disse que Bruno Covas "tinha qualidades para se tornar presidente do Brasil dentro de alguns anos".

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Relação com o avô

O Washington Post, um dos jornais de maior circulação nos Estados Unidos, abriu a notícia da morte de Bruno Covas o apresentando como "neto de um governador do estado de São Paulo", em referência a Mário Covas, morto em 2001.

"O seu partido [PSDB] lamentou sua morte o descrevendo como 'um dos seus mais brilhantes e promissores líderes', e citando o esforço dele para construir novas escolas, hospitais e habitações em São Paulo", diz o Washington Post.

O periódico espanhol El Pais iniciou o obituário de Bruno Covas abordando sua relação com o avô Mario Covas, outra vítima de câncer. "Bruno Covas nasceu em Santos em 1980, um ano depois que seu avô, Mário, recuperou seus direitos políticos na fase final da ditadura".

"Enquanto estudava em escolas particulares nas décadas de 1980 e 1990, Bruno viu Mário [Covas] quebrar recorde de votos e sair do PMDB para fundar o PSDB". Bruno Covas, diz o El Pais, era "membro de uma das mais importantes dinastias políticas do país".

A agência de notícias Reuters também destacou que Bruno Covas seguiu "os passos políticos de seu avô Mário Covas". Afirmou ainda que a reeleição de Covas, no ano passado, "impulsionou Doria, um adversário espinhoso do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro".

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