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'Vocês não aceitaram o fique em casa', diz Bolsonaro em meio a protestos

do UOL

Do UOL, no Rio e em Brasília

15/05/2021 11h07

Em meio a atos hoje em todo o país com críticas ao isolamento social e ao STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu o descumprimento às regras sanitárias no combate à pandemia causada pelo coronavírus.

"Vocês não aceitaram o 'fique em casa'", disse em almoço com ruralistas em um Centro de Tradições Gaúchas em Brasília. Sem máscara e causando aglomerações, o presidente falou ainda que iria para o ato na Esplanada dos Ministérios hoje à tarde.

Bolsonaro chegou à Esplanada por volta das 15h30 montado em um cavalo.

Bolsonaro chega de cavalo a protesto de apoiadores, em Brasília - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Bolsonaro chega de cavalo a protesto de apoiadores, em Brasília
Imagem: Reprodução/Twitter

Em transmissão feita em uma rede social pelo deputado federal Vitor Hugo (PSL-GO), um dos principais membros da tropa de choque bolsonarista no Congresso Nacional, o presidente aparece em meio aos apoiadores e falando ao microfone.

Em um vídeo publicado pelo político, é possível perceber um volume por baixo da camisa de Bolsonaro que se assemelha a um colete à prova de balas. Ele já usou o equipamento em outras ocasiões quando em público.

Bolsonaro exaltou o trabalho dos agropecuários e fez questão de dizer que eles "não pararam" em meio à pandemia.

O ministro do Turismo, Gilson Machado, o secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, e o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), conhecido como Hélio Negão, também estavam no evento.

Numa das entradas do CTG, os apoiadores de Bolsonaro armaram uma espécie de balão inflável com a imagem do presidente montando um cavalo com o slogan "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".

Em duas panelas de risoto, lia-se: "O agro é Bolsonaro 2022" e "mito 2022", em apoio à reeleição no pleito do ano que vem.

Apoiadores de Bolsonaro participam de atos

Ataques ao STF e ao isolamento social

Bolsonaristas se mobilizaram neste sábado para participar de atos em todo o país. Caminhões de todo o país chegaram a Brasília para a manifestação. Na Avenida Paulista, em São Paulo, vendedores informais chegaram cedo para vender bandeiras do Brasil. Manifestantes participaram de atos em Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Niterói (RJ) e Guarulhos (SP).

Entre os apoiadores, há representantes de entidades ligadas a ruralistas, evangélicos e caminhoneiros. O movimento aderiu a um ato denominado Marcha da Família Cristã pela Liberdade, convocado por grupos religiosos.

Inicialmente, os ruralistas pretendiam organizar um ato pró-Bolsonaro no dia 21 de abril, mas foram desestimulados pelo próprio governo federal diante do avanço do coronavírus.

"Qualquer atitude que possa comprometer essa luta de todos contra essa maldita doença, esse maldito vírus seria prejudicial. Prejudicial à imagem do presidente e à imagem do agronegócio", disse o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, General Augusto Heleno, que defendia um protesto por escrito.

De acordo com organizadores, o ato também é uma resposta à decisão tomada em abril pelo STF, com a permissão a governadores e prefeitos para que proíbam, por meio de decreto, a realização de missas e cultos presenciais durante a pandemia.

Aliados próximos do presidente, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL), também confirmaram participação.

Com Estadão Conteúdo

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