Israel corrige informação e afirma que não entrou em Gaza
"A aviação e as tropas terrestres estão, atualmente, conduzindo ataques aéreos em objetivos no interno da Faixa de Gaza. Houve um problema de comunicação", disse o porta-voz militar, tenente Jonathan Conricus.
Ainda conforme o representante, cerca de dois mil foguetes vindos da Faixa de Gaza foram interceptados pelo sistema Iron Dome, que destrói os equipamentos ainda no ar. Por sua vez, o Exército atingiu 150 "objetivos subterrâneos" entre os 160 ataques realizados durante a noite desta quinta-feira (13) e a madrugada desta sexta-feira (14).
A situação, mesmo que não tenha invasão por terra, continua a se agravar e o Ministério da Saúde de Gaza informou que as mortes somam 119, incluindo 31 crianças e 19 mulheres. Os feridos já estão em 830.
O conflito entre palestinos e Israel também deixa vítimas em território israelense, mas os dados não são oficiais. Os jornais locais falam entre oito e 15 vítimas.
Manifestações internacionais - Novamente, diversos países têm se manifestado sobre o embate e, dessa vez, as falas mais contundentes vieram de nações rivais de Israel.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, chamou o governo israelense de "terrorista" e disse que "o Conselho de Segurança deve tomar medidas rapidamente no quadro das resoluções da assembleia geral da Organização das Nações Unidas".
Na mesma linha, o conselheiro de Erdogan, Ibrahim Kalin, afirmou que "os ataques israelenses sobre os palestinos são contrários ao direito internacional e à moralidade e devem ser encerrados imediatos".
Já o chefe do Estado Maior do Irã, general Mohammad Hossein Baqeri, afirmou que os atores regionais e as organizações internacionais devem criar uma "coalizão estratégica" para enfrentar a questão palestina como um "problema comum do mundo islâmico".
Baqeri ainda condenou "as atividades criminosas do regime sionista, que nos últimos dias matou e feriu muitos palestinos, incluindo mulheres e crianças indefesas".
Por sua vez, os principais aliados dos israelenses, como Estados Unidos e União Europeia, continuam a pedir que ambos os lados cessem os ataques e retomem o processo de negociações para encontrar uma solução de paz duradoura.
Ataques a sinagogas - Algumas sinagogas na Alemanha foram alvos de ataques durante a semana por conta do novo conflito entre Israel e palestinos. O governo alemão se manifestou nesta sexta-feira para condenar esse tipo de ação.
Segundo o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, "manifestar dissenso pacificamente" na Alemanha é garantido como livre manifestação do pensamento, "mas quem usa as manifestações para exprimir ódio, abusa desse direito".
A vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, afirmou estar "profundamente preocupado pelos recentes ataques contra a comunidade e sedes judaicas na União Europeia".
"Essas são claras manifestações de antissemitismo que devem ser condenadas com forte voz. Estamos com as nossas comunidades judaicas e pedimos aos nossos Estados que permaneçam vigilantes pela sua segurança", acrescentou. (ANSA).
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