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EUA flexibiliza uso de máscaras em ambientes fechados para vacinados

13/05/2021 21h13

Washington, 14 Mai 2021 (AFP) - Os americanos vacinados contra a covid-19 podem dizer adeus a um dos símbolos da pandemia: para eles, as autoridades de saúde suspenderam nesta quinta-feira (13) a recomendação de usar máscaras - um "grande dia", segundo Joe Biden.

"Se você está totalmente vacinado, não precisa mais usar máscara!", declarou o presidente, comemorando a notícia em um breve discurso televisionado no gramado da Casa Branca.

"Acho que este é um grande passo, um grande dia", acrescentou, pedindo a todos os que ainda não foram vacinados que o façam sem demora.

Cerca de 35% da população dos Estados Unidos, mais de 177 milhões de pessoas, estão totalmente imunizadas contra a covid-19, tendo sido inoculadas com uma única dose da vacina Johnson & Johnson ou as duas da Pfizer ou da Moderna.

"Qualquer pessoa que esteja totalmente vacinada pode participar de atividades internas e externas, pequenas ou grandes, sem usar máscara ou [respeitar] a distância física", declarou Rochelle Walensky, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a principal agência federal de saúde pública do país.

"Se você estiver totalmente vacinado, pode começar a fazer as coisas que tinha parado por causa da pandemia", acrescentou em um comunicado.

"Esperamos muito pelo momento em que poderíamos alcançar uma aparência de normalidade", disse ela, não esquecendo as mais de 580 mil mortes que a pandemia causou no país.

- Adolescentes vacinados -O novo guia do CDC, no entanto, mantém a recomendação de que os vacinados continuem usando máscaras nos transportes públicos (aviões, ônibus, trens), aeroportos e estações ferroviárias.

"É ótimo", disse Desmond, 67 anos, após o anúncio, exibindo sua máscara em volta do pescoço nas ruas de Washington. "Estamos à frente do resto do mundo", disse ele.

Outros mostraram alguma relutância. "Vou continuar a usar máscara dentro de casa", disse à AFP Mubarak Dahir, 57 anos, vacinado desde o início de abril. "Acho que é prematuro e perigoso pensar que já estamos livres".

As autoridades sanitárias destacaram, no entanto, que a sua decisão se baseou nos dados científicos mais recentes: estudos têm demonstrado que as vacinas são eficazes não só contra os casos sintomáticos, mas também contra a própria possibilidade de infecção, bem como contra as variantes em circulação, disse Walensky.

Ela também destacou o fato de que as poucas pessoas que foram infectadas pela covid-19, apesar de terem sido vacinadas, acabaram sendo menos contagiosas.

O número de casos caiu drasticamente: a média móvel de infecções durante sete dias caiu para cerca de 36.000 casos por dia, enquanto a média móvel de óbitos está em seu nível mais baixo desde o início de abril de 2020.

"Se você tiver sintomas, deve colocar a máscara de volta e fazer o teste imediatamente", pediu Walensky, que também alertou que se a situação de saúde piorar, essas novas recomendações podem ser revistas.

Mas especialistas argumentam que esse cenário tem poucas chances de reaparecer devido ao ritmo da campanha de vacinação: mais de 250 mil inoculações foram feitas em 114 dias, desde o início da gestão de Biden.

Até esta semana, apenas maiores de 16 anos poderiam ser imunizados contra covid-19 nos Estados Unidos.

Mas, a partir desta quinta-feira, adolescentes entre 12 e 15 anos, cerca de 17 milhões de pessoas, podem receber a vacina Pfizer / BioNtech.

- Um ano de máscaras -As autoridades norte-americanas, que começaram a aconselhar o uso de máscaras para evitar a disseminação da covid-19 no início de abril de 2020, já haviam começado a relaxar gradativamente suas recomendações nas últimas semanas.

Até o momento, era aconselhado que os vacinados não usassem a máscara ao ar livre (exceto em multidões) e em ambientes fechados se estivessem com outros imunizados.

Também podiam se encontrar sem máscaras com pessoas não vacinadas, mas de apenas um domicílio por vez e se não apresentassem fatores de risco para covid-19.

Em outros lugares, a euforia sentida nos Estados Unidos parece distante.

O coronavírus continua a ter consequências, por exemplo no mundo dos esportes.

A UEFA anunciou nesta quinta-feira que a final da Liga dos Campeões será disputada no Porto e não mais em Istambul com base na situação de saúde.

E em Tóquio, a ameaça do vírus ainda paira sobre a organização das Olimpíadas.

Um sindicato de médicos de hospitais japoneses considera "impossível" o evento ser realizado em um momento no qual o país deve enfrentar uma quarta onda da pandemia.

Os planos para algumas equipes treinarem no Japão antes do início dos Jogos foram cancelados.

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