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Peru negocia com EUA para adquirir sobras de doses da vacina da AstraZeneca

11/05/2021 01h41

Lima, 10 mai (EFE).- O ministro das Relações Exteriores do Peru, Allan Wagner, informou nesta segunda-feira que o governo está negociando para obter doses que sobraram da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 nos Estados Unidos.

Diante da comissão de Relações Exteriores do Congresso, o chanceler revelou que o governo manteve negociações com representantes da Casa Branca, após seu porta-voz anunciar que os EUA enviarão 60 milhões de doses excedentes da AstraZeneca para outros países.

"Assim que a oferta foi feita, nosso embaixador imediatamente fez uma representação ao Departamento de Estado para expressar nosso interesse em nos beneficiar de seus estoques da AstraZeneca", disse Wagner.

O ministro acrescentou que ele próprio conversou com o secretário de Estado americano para mostrar o interesse do Peru em adquirir essa vacina que o país não está utilizando porque ainda não foi aprovada pela Administração de Alimentos e Remédios dos EUA (FDA, na sigla em inglês).

"Em outras palavras, já tomamos providências", confirmou Wagner.

O chanceler lembrou que o governo de transição presidido por Francisco Sagasti já fechou contratos para que o país receba 60 milhões de doses este ano, quantidade suficiente para imunizar toda a população adulta.

As autoridades peruanas fecharam recentemente um acordo de compra de 12 milhões de doses da vacina de Pfizer/BioNTech, lote que se soma aos 20 milhões já assinados com os mesmos laboratórios, 14 milhões da AstraZeneca, 13,2 milhões do mecanismo Covax e 1 milhão da Sinopharm.

Além disso, Allan Wagner afirmou que está "no radar para que mais aquisições ocorram por meio de relações bilaterais ou do Covax Facility".

Nesse sentido, o ministro peruano disse que espera poder formalizar em breve a assinatura de um contrato com o laboratório Janssen.

Com as doses recebidas até o momento, o Peru avança na campanha de vacinação, que já imunizou mais de 2 milhões de cidadãos, 5,4% de sua população, incluindo profissionais da saúde, idosos e membros da Polícia Nacional, das Forças Armadas e bombeiros.

Após abril ter sido o mês mais letal desde o início da pandemia, o Peru acumula mais de 1,85 milhão de casos confirmados e cerca de 65 mil mortes por Covid-19.

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