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Índia registra leve redução de casos e mortes diários por covid-19

11/05/2021 01h45

Nova Délhi, 10 mai (EFE).- A Índia registrou nesta segunda-feira uma leve diminuição nos números de casos de covid-19 e mortes por complicações da doença, somando pela primeira vez em vários dias menos que 400 mil novos contágios e 4 mil mortes.

Após quatro dias seguidos com mais de 400 mil casos, o país notificou 366.161 positivos diários, elevando para 22,6 milhões o total de infecções desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde.

O número de mortes diárias, que se situava acima de 4 mil nos últimos dois dias, caiu para 3.754, totalizando 246.116, de acordo com dados oficiais.

A queda nos casos pode ser consequência dos 1,4 milhão de exames feitos na véspera, o número mais baixo dos últimos dias. Na semana passada, quando o país superava 400 mil casos diários, a média de testes oscilava entre 1,5 milhão e 1,9 milhão.

Entretanto, a segunda onda mantém a Índia no epicentro global de uma pandemia que ainda não viu a curva de infecções cair.

ESCASSEZ DE VACINAS.

A campanha de vacinação se tornou o único instrumento capaz de provocar mudanças significativas na luta contra a pandemia, razão pela qual no dia 1º de maio o governo indiano iniciou uma nova fase para administrar doses a toda a população adulta.

No entanto, o ritmo da vacinação quase não mudou. De fato, nas últimas 24 horas foram administradas pouco mais de 689.000 vacinas, número que está muito abaixo da média habitual, que, em ritmo lento, se situa normalmente entre um e dois milhões de doses por dia.

Desde o início do ambicioso programa, em janeiro, foi administrado um total de 170 milhões de doses (35 milhões de pessoas receberam duas doses), números que estão longe da meta estabelecida pelas autoridades indianas de vacinar 300 milhões de pessoas até julho.

O relaxamento no programa é atribuído, em parte, à falta de doses que vários estados indianos têm advertido nas últimas semanas e que impede a aceleração da vacinação.

Neste sentido, o governo indiano adquire 50% da produção das doses que são produzidas no país asiático para distribuir entre os estados: Covishield, da Astrazeneca; e Covaxin, do Serum Institute, enquanto a outra metade é vendida diretamente a hospitais e entidades privadas.

Esta decisão não significa que as fábricas estejam em condições de aumentar a sua produção, motivo pelo que têm agora de encarar uma dupla demanda que não podem satisfazer.

Adar Poonawalla, diretor executivo do Serum Institute, o maior produtor mundial de vacinas, diz que a pressão é extremamente elevada e que já recebeu ameaças devido à falta de doses.

"A fabricação de vacinas é um processo especializado, então não é possível aumentar a produção de um dia para o outro. Temos também de compreender que a população da Índia é enorme e que produzir doses suficientes para todos os adultos não é uma tarefa fácil", justificou Poonawalla na semana passada.

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