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Autoridades da Colômbia buscam 168 pessoas desaparecidas nos protestos

11/05/2021 01h51

Bogotá, 10 mai (EFE).- As autoridades da Colômbia continuam à procura de 168 pessoas que foram dadas como desaparecidas durante as manifestações contra o governo do presidente Iván Duque, que começaram no último dia 28 de abril e também deixaram pelo menos 27 mortos, segundo informações oficiais.

O total de desaparecidos foi divulgado nesta segunda-feira pela Procuradoria-Geral e pela Defensoria Pública da Colômbia, que detalharam em um comunicado conjunto que foi ativado o "mecanismo de busca urgente" para encontrar as pessoas que constam no relatório.

"Nesse sentido, é importante esclarecer que, se forem recolhidas provas materiais que indiquem a prática do crime de desaparecimento, o Ministério Público iniciará a investigação criminal de acordo com seus poderes", acrescentou a nota.

Por outra parte, segundo as mesmas autoridades, foram encontradas 227 pessoas que tinham sido dadas como desaparecidas, enquanto 153 pedidos de busca foram devolvidos "aos seus peticionários por falta de informação suficiente e serão declarados infundados".

As mobilizações na Colômbia começaram contra a já retirada proposta de reforma fiscal do governo de Duque, mas continuam contra uma tentativa de reforma sanitária, a brutalidade policial e a complexa situação de insegurança.

A ONG Temblores e o Instituto de Estudos para a Paz (Indepaz) documentaram até agora 47 mortes, 1.876 casos de uso abusivo da força, 278 feridos e 963 detenções arbitrárias contra manifestantes, assim como casos de violência sexual contra 12 pessoas.

A BUSCA.

Para procurar os desaparecidos, a Procuradoria-Geral e a Defensoria Pública ativaram 35 equipes compostas por um procurador, investigadores, policiais e defensores públicos regionais.

Contudo, ambas as agências esclareceram que até agora "não há queixas formais pelo crime de desaparecimento no contexto dos protestos e manifestações dos últimos dias".

Embora a maioria das pessoas dadas como desaparecidas possa ter sido detida pela polícia durante os protestos, as organizações civis e internacionais estão pedindo às autoridades que acelerem as buscas, dadas as alegações de abusos contra as forças de segurança.

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