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Bebê sobrevivente de ataque a creche em SC tem alta de hospital

O menino de um ano e oito meses estava internado no Hospital da Criança Augusta Muller Bohner, em Chapecó - Alcebíades Santos/HC
O menino de um ano e oito meses estava internado no Hospital da Criança Augusta Muller Bohner, em Chapecó Imagem: Alcebíades Santos/HC
do UOL

Do UOL, em São Paulo

09/05/2021 17h29

Um dos sobreviventes do ataque à creche em Saudades, a 446 km de Florianópolis, em Santa Catarina, teve alta do hospital neste domingo.

O menino de um ano e oito meses estava internado no Hospital da Criança Augusta Muller Bohner, em Chapecó. Na saída, profissionais da unidade de saúde prestaram homenagens a ele ao som do Coral Mensageiros da Alegria.

O atentado que matou três crianças e duas mulheres aconteceu no CEI (Centro de Educação Infantil) Pró-Infância Aquarela, voltado para crianças de até três anos. Elas foram golpeadas com uma arma branca, tipo facão.

Autor do ataque está internado

O autor do ataque, um jovem de 18 anos, teve alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na última sexta-feira (7) e, segundo o último boletim divulgado ontem, continua internado na enfermaria cirúrgica. Seu quadro de saúde é estável.

Menino foi salvo por vizinhos

Na última terça-feira (4), ao saber do ataque, o pai do bebê, o auxiliar de almoxarifado Diego Hübler, 31, foi às pressas até a escola Aquarela. O trabalho dele fica a poucos metros da creche. No caminho, deparou-se com pessoas em pânico e movimentação de ambulâncias. "Ao chegar lá, não encontrei meu filho. Foi angustiante. Perguntei se alguém tinha visto meu filho e falaram que alguém já tinha pegado ele e levado para o hospital", contou.

A criança havia sido socorrida pela agente educativa Aline Biazebetti, 27, que, de casa, ouviu os gritos de socorro e correu até a escola. No impulso, pegou o menino ferido e o levou até o hospital com a ajuda do seu pai, o aposentado Ailton Biazebetti, 64.

Inicialmente, o idoso tentou parar dois carros na rua, mas, sem sucesso, decidiu ir por conta própria ao hospital. "Me falaram que se eu tivesse demorado dez minutos, a criança não teria sobrevivido".

Enquanto o pai dirigia, Aline segurava a criança, que ela nem sabia quem era. "Me lembro muito pouco dele. Eu só lembro dos olhinhos dele e que estava ferido", conta a agente educativa.

O pai do menino correu então até o hospital, a cerca de 500 metros. No caminho, já avisou a esposa, que correu para a unidade de saúde.

"Quando cheguei ao hospital, logo consegui vê-lo. Foi uma sensação de alívio, mesmo vendo ele naquele estado. Mas saber que está vivo foi um alívio. Minha esposa ficou bem angustiada."

De Saudades, o menino foi transferido para o HRO (Hospital Regional do Oeste), em Chapecó, a 67 km de distância.

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