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Mãe de vítima do ataque em Saudades desabafa: 'Nunca vou ouvir me chamando'

Velório das vítimas do ataque a creche em Saudades (SC) - WILLIAN RICARDO/ISHOOT/ESTADÃO CONTEÚDO
Velório das vítimas do ataque a creche em Saudades (SC) Imagem: WILLIAN RICARDO/ISHOOT/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em São Paulo

09/05/2021 22h42

A cidade de Saudades (SC) segue anestesiada. No Dia das Mães, menos de uma semana após o ataque em uma escola que vitimou cinco pessoas, três crianças, Luana Schuh ainda busca formas de lidar com a dor da perda de Anna Bela, de apenas um ano.

"Eu não vou ter minha princesa comigo. Eu nunca vou ouvir ela me chamando de mãe. Ela falava poucas palavras", desabafou, em entrevista ao 'Fantástico'.

"A gente dorme de porta aberta. Estacionamos o carro na rua com a chave. Nunca se imaginou que em um lugar pequeno como esse que alguém daqui ia entrar e fazer algo em uma creche", diss.

Luiza Mahle Sehn, mãe de Sarah, afirma que a família vive em meio às perguntas que não têm resposta. "Temos perguntas que não calam. Por que mandamos ela, por que ela não ficou mais meses com a vó. Por que ela não ficou em casa? Não sei. A gente não consegue".

O delegado Jerônimo Marçal Ferreira afirmou que o autor do crime, um homem de 18 anos que permanece internado, agiu sozinho. "É o que a gente tem até agora. Não há qualquer indicativo que outra pessoa tenha auxiliado de alguma forma. No dia, ele relatou que estava planejando [o atentado] há 10 meses", contou.

O suspeito não tinha antecedentes criminais ou passagens registradas pela polícia e, até agora, não se sabe qual foi a motivação do crime no CEI (Centro de Educação Infantil) Pró-Infância Aquarela. Após atentado, o prefeito de Chapecó (SC), João Rodrigues (PSD), anunciou que vai acelerar as medidas de incremento de segurança nas escolas da cidade que fica a cerca de 43 km de onde ocorreu a tragédia.

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