Macron acusa 'anglo-saxões' de bloquearem vacinas
Além disso, o mandatário fez um apelo para que os "anglo-saxões" - ou seja, EUA e Reino Unido - parem de "bloquear" a exportação de vacinas e de ingredientes necessários para sua produção.
"Para que a vacina circule, não se pode bloquear os ingredientes e as próprias vacinas. Hoje, os anglo-saxões bloqueiam muitos desses ingredientes e vacinas. 100% das vacinas produzidas nos Estados Unidos vão para o mercado americano", disse Macron ao chegar a uma cúpula de líderes da União Europeia no Porto, em Portugal, que servirá para discutir o assunto.
"O problema não é a propriedade intelectual", acrescentou. A proposta de quebra temporária de patentes de vacinas anti-Covid foi encampada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, após o país ter imunizado ao menos parcialmente cerca de 45% de sua população, mas ainda encontra resistência na UE.
"Falta capacidade produtiva, o problema não é a liberação das patentes", afirmou Ulrike Demmer, porta-voz da chanceler da Alemanha, Angela Merkel - o país é casa de dois fabricantes de vacinas anti-Covid contratadas pela UE: Biontech (em parceria com a Pfizer) e CureVac.
A Itália, por sua vez, sinalizou apoio à quebra das patentes.
"Todos os Estados devem ter a mesma oportunidade, então é fundamental liberar a produção", declarou o chanceler italiano, Luigi Di Maio, na última quinta (6).
Ao longo dos últimos meses, a UE já havia criticado o Reino Unido por bloquear a exportação de vacinas da AstraZeneca ao bloco, o que teria sido um dos motivos para os constantes atrasos na distribuição do imunizante entre os Estados-membros.
Até o momento, já foram aplicadas cerca de 1,24 bilhão de doses de vacinas anti-Covid em todo o mundo, mas somente 19,5 milhões (1,6%) na África, embora o continente abrigue mais de 15% da população global. (ANSA).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.