Bolsonaro chama críticos da cloroquina de "canalhas" após CPI questionar uso do medicamento
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro chamou nesta quinta-feira de "canalhas" parlamentares da CPI da Covid do Senado que o criticam pela defesa do uso da cloroquina e da ivermectina --drogas sem eficácia comprovada contra a Covid-19-- no tratamento da doença provocada pelo novo coronavírus.
"Acho que quem não tem uma alternativa, cala a boca, deixa de ser canalha de quem usa uma coisa", disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais.
"Canalha é quem critica a cloroquina e a ivermectina e não apresenta uma alternativa", reforçou o presidente, em outro momento, após chamar a CPI de "xaropada".
Na transmissão, Bolsonaro aproveitou para insinuar, indiretamente e sem provas que teria havido desvio de recursos públicos para o enfrentamento da pandemia na gestão do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), que é filho do relator da comissão de inquérito, Renan Calheiros.
Sem citar Renan na live, o presidente fez uma referência aos questionamentos realizados pelo relator da CPI ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mais cedo nesta quinta-feira.
"Atenção aí, ministro: quais dessas frases que mais matou gente no Brasil? Frases do presidente Jair Bolsonaro. Sabe qual seria a minha resposta? Oh, excelentíssimo senador, frase não mata ninguém, o que mata é desvio de recursos públicos que o seu Estado desviou. Então vamos investigar o teu filho que a gente resolve este problema. Desvio mata, frase não mata", disse.
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