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López Obrador pede que tragédia em metrô no México "não seja manipulada"

05/05/2021 19h46

Cidade do México, 5 mai (EFE).- O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, pediu nesta quarta-feira para que "não seja manipulada" a tragédia do colapso da linha 12 do metrô da Cidade do México, que deixou 25 mortos e 79 feridos desde a noite de segunda-feira.

"Espero que não seja manipulada, embora seja muito difícil, porque estes são tempos de abutres", disse o presidente em conferência de imprensa matinal no Palácio Nacional.

O acidente abalou o México na segunda-feira, quando às 22h22 horas (horário local) ruiu uma viga de uma ponte elevada da linha 12, entre as estações de Olivos e Tezonco, a leste da capital, provocando a queda de um trem com passageiros que ficou encalhado no formato de "V".

A tragédia teve implicações políticas um mês antes das eleições de 6 de junho porque o atual ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, construiu a linha quando chefe de governo do então Distrito Federal (2006-2012) e a atual prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, é aliada de López Obrador.

Por esta razão, o presidente criticou a imprensa e os opositores do Partido de Ação Nacional (PAN) que na terça-feira tiraram fotografias em frente aos escombros.

"São atitudes muito irresponsáveis, não é para tirar proveito da tragédia, mas o amarelamento dos meios de comunicação social, nacional e internacional, é inevitável", declarou.

O presidente se recusou a dar mais detalhes sobre a investigação ordenada por Sheinbaum, argumentando que cabe ao governo da Cidade do México e à Procuradoria-Geral da República (FGR). Mesmo assim, alertou para possíveis consequências criminais "porque pessoas perderam as suas vidas".

"Haverá justiça, não será como antes, quando tudo era escondido e havia relações de cumplicidade, conluio, impunidade. Então, devemos esperar apenas para ter estas decisões e para garantir que seja o mais rápido possível", pontuou.

O governante criticou a intenção dos líderes sindicais do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sistema de Transporte Coletivo (STC) de fazer uma paralisação pelas denúncias de condições inseguras para trabalhar.

"Espero que caiam em si, pois não estão ajudando em nada com estas atitudes, que têm mais a ver com a eleição, com politicagem", opinou.

O presidente reiterou o seu apoio à prefeita, que na terça-feira anunciou uma perícia externa da empresa norueguesa Det Norske Veritas (DNV).

"Ela disse que agirá e, concordo, em conformidade com a lei e também com a justiça", analisou o presidente.

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