Ex-ministro chavista assume presidência do órgão eleitoral da Venezuela
Calzadilla, que havia sido eleito junto com dois outros reitores governistas e dois opositores um dia antes pelo parlamento majoritariamente chavista, foi encarregado de ler as primeiras decisões tomadas pelo novo CNE após sua instalação.
"Nesta primeira sessão, foi aprovada a nomeação do reitor Pedro Enrique Calzadilla Pérez como presidente do órgão eleitoral", leu o ex-ministro durante a cerimônia que foi transmitida pela emissora estatal VTV.
Por sua parte, o reitor de perfil opositor Enrique Márquez foi nomeado vice-presidente de um CNE cuja nomeação na terça-feira foi elogiada pelo ex-candidato presidencial Henrique Capriles, mas criticada por Juan Guaidó.
Márquez será também o presidente da Comissão de Participação Política e Financiamento.
Já a Junta Nacional Eleitoral será presidida pela governista Tania D'Amelio, sancionada pelos Estados Unidos e a única reeleita como reitora, enquanto o líder da Comissão do Registo Civil e Eleitoral será o também chavista Alexis Corredor.
Na cerimônia, o novo presidente do CNE salientou que a nomeação dos reitores foi resultado de "um acordo nacional histórico de forças sociais e políticas", sem fornecer mais pormenores sobre a forma como foi alcançado.
Além disso, destacou que recai sobre eles a responsabilidade de "colocar a Venezuela de novo no caminho da estabilidade política em estrita adesão às dinâmicas impostas pela democracia participativa e protagonista".
Nesse sentido, assegurou que eles irão ouvir "todas as propostas", confrontar ideias e tomar suas decisões de acordo com as leis e emprestar os seus "ouvidos à dinâmica e sentimentos políticos do país".
Por fim, Calzadilla assegurou que os reitores do CNE esperam poder anunciar "em breve" as decisões tomadas em relação às eleições locais e regionais que devem acontecer este ano na Venezuela.
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