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Conselho do Facebook pede que empresa reavalie veto a Trump

05/05/2021 20h00

San Francisco (EUA), 5 mai (EFE).- O Conselho Consultivo do Facebook, criado pela própria plataforma para atuar como uma espécie de tribunal sobre o conteúdo que deve ser retirado das redes sociais, pediu à empresa nesta quarta-feira que reconsidere o veto indefinido ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e deu um prazo de seis meses para que essa revisão seja efetuada.

As contas de Trump no Facebook e Instagram estão bloqueadas desde que o Capitólio foi invadido no último dia 6 de janeiro por milhares de apoiadores do ex-presidente, alguns deles armados. A invasão terminou com um saldo de cinco mortes.

Na decisão publicada nesta quarta-feira, o conselho ressaltou que "apoia" o bloqueio das contas do ex-presidente porque suas publicações durante o ataque ao Capitólio "violaram gravemente as regras" de utilização da rede social, mas considerou que a sanção de bloqueio indefinido é arbitrária.

"Ao invés de aplicar uma das sanções estabelecidas por violações graves, o Facebook concebeu uma suspensão indefinida que não está incluída nas suas políticas de conteúdo. Esta sanção arbitrária deu ao Facebook total discrição sobre suspender ou manter o bloqueio", detalhou o organismo independente.

Os 20 membros do conselho ainda lamentaram que o veto tenha ocorrido "sem critérios que possam ser examinados pelos utilizadores ou observadores externos" e, portanto, pediram à empresa para "reexaminar" sua sanção e impor outra que esteja em conformidade com os regulamentos internos da rede social com base na severidade das publicações de Trump e na possibilidade de reincidências.

Esta revisão deve ocorrer durante os próximos seis meses e o Facebook comprometeu-se, desde o momento da criação do conselho em 2019, a cumprir todas suas resoluções.

Se o Facebook determinar que deve suspender o veto indefinido, Trump poderá voltar a utilizar suas contas no Facebook e no Instagram, embora no momento ainda esteja bloqueado na maioria das outras redes sociais, como Twitter, Snap e YouTube.

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