Alemanha e OMS anunciam centro global para combate a pandemias
O governo da Alemanha e a Organização Mundial da Saúde (OMS) uniram forças e anunciaram nesta quarta-feira (5) a criação de um centro global para o combate a epidemias e pandemias, com sede em Berlim.
O "hub" de inteligência deve iniciar o seu funcionamento até o final deste ano e terá como objetivo reunir instituições governamentais, acadêmicos e o setor privado.
"Com sede em Berlim, o centro da OMS será um centro global que trabalhará com parceiros de todo o mundo para impulsionar a inovação do tema da pandemia", explicou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa virtual.
A conferência também contou com a presença da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e do ministro alemão de Saúde, Jens Spahn.
Durante a divulgação, Merkel elogiou o papel da OMS na liderança do combate contra a pandemia de Covid-19 e disse esperar que o centro de inteligência permita a criação de ferramentas para que os países se preparem para emergências futuras.
"A análise apurada e rigorosa de dados sanitários é de importância fundamental, para evitar danos maiores causados por futuras pandemias", disse ela.
Segundo a líder alemã, o local irá coletar "os dados para preparar as análises certas e para promover o conhecimento, que não poderia ser alcançado rapidamente por todos por conta própria".
Na apresentação do novo hub também foi destacado que o centro pretende ser uma plataforma que permite a todos os cientistas do mundo analisar dados e desenvolver modelos para melhor avaliar os riscos das emergências sanitárias. Os resultados dos estudos serão compartilhados com outros países.
O ministro da Saúde alemão referiu-se ainda sobre a necessidade de colaboração dos países-membros da OMS para garantir a eficácia do projeto.
"Este centro será tão bom quanto todos o permitirmos que ele seja. Todos devemos participar ativamente na sua configuração", enfatizou Spahn.
Para ele, é preciso "identificar o risco de epidemia e pandemia o mais rápido possível, onde quer que ocorra no mundo. Para isso devemos fortalecer o sistema de observação global com melhor coleta de dados e análise de risco".
O orçamento do projeto ainda não foi divulgado, mas o diretor-executivo do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan, confirmou que haverá um aumento de funcionários da OMS para integrarem o novo centro.
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