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Alexei Navalny anuncia fim de greve de fome em prisão

23/04/2021 10h29

MOSCOU, 23 ABR (ANSA) - O opositor russo Alexei Navalny anunciou nesta sexta-feira (23) que decidiu encerrar uma greve de fome na colônia penal onde está preso desde o fim de fevereiro , informou o advogado através da conta do Instagram.   

"Amigos, o meu coração está repleto de amor e gratidão por vocês, mas não quero que nenhum de vocês sinta sofrimento físico por minha causa. Não anulo o meu pedido de ser visitado por um médico, estou perdendo a sensibilidade de algumas partes dos braços e das pernas e quero entender do que se trata e como pode ser curado, mas levando em conta o progresso e todas as circunstâncias, inicio a saída da greve de fome", escreveu a equipe de Navalny.   

Ainda conforme a postagem, "segundo as regras médicas, isso poderá durar até 24 dias e dizem ser dias ainda mais difíceis".   

Navalny iniciou a greve de fome em 31 de março para exigir que um médico de sua confiança fosse ao presídio para avaliar o seu estado de saúde que, segundo a defesa do opositor, vem se "deteriorando" a cada semana.   

No dia 19 de abril, o Serviço Penitenciário Federal (FSIN) anunciou que estava transferindo o advogado para outra colônia prisional na região de Vladimir, que é especializado no tratamento de detentos. Fontes judiciais chegaram a informar que ele teria sido analisado por um médico civil.   

Navalny foi preso no dia 17 de janeiro quando chegou da Alemanha, após passar cerca de seis meses em Berlim em tratamento médico por conta de um envenenamento na Sibéria, e foi transferido para uma colônia penal em 26 de fevereiro.   

Dias depois, no início de março, um tribunal condenou que o opositor cumprisse uma pena de dois anos e meio em regime fechado por ter "violado" as regras de uma condenação aplicada em 2014, que havia sido transformada em detenção domiciliar.   

No entanto, a "violação" da pena foi porque Navalny não compareceu a uma audiência de custódia no fim de dezembro, próximo ao fim da pena determinada há cerca de seis anos, fato que ocorreu por conta das recomendações médicas dos alemães.   

(ANSA).   

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