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Covid: Índia faz cremação em massa; Emirates suspende voos ao país

Cremação em massa de vítimas da covid-19 em Nova Délhi, na Índia. Em 24 horas foram mais de 2000 mortes pela doença - REUTERS/Danish Siddiqui
Cremação em massa de vítimas da covid-19 em Nova Délhi, na Índia. Em 24 horas foram mais de 2000 mortes pela doença Imagem: REUTERS/Danish Siddiqui
do UOL

Do UOL, em São Paulo

22/04/2021 12h51Atualizada em 22/04/2021 12h53

A Índia vive o momento mais delicado desde o início da pandemia do novo coronavírus. O país bateu um novo recorde de casos diários de covid-19: 314.835, o maior número até agora, segundo dados do Ministério da Saúde indiano. No mesmo período, o país registrou 2.074 mortes, elevando o número de óbitos para quase 185 mil.

A situação pressiona o sistema de saúde e também os cemitérios e crematórios do país. Um crematório na capital Nova Délhi realizou uma cremação em massa devido ao alto número de corpos de vítimas da covid-19. Outro crematório, em Muzaffarpur, no leste indiano, disse que está ficando sobrecarregado de corpos e que familiares enlutados têm que esperar a sua vez.

Alguns médicos estão aconselhando os pacientes a ficarem em casa e há relatos de que hospitais de Nova Délhi estão sem oxigênio. Autoridades de estados vizinhos estão impedindo que suprimentos sejam levados à capital para preservá-los para suas próprias necessidades, disse o vice-ministro-chefe da cidade, Manish Sisodia.

Devido à situação, a Emirates, principal companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, suspendeu os voos para a Índia por 10 dias, de 25 de abril a 4 de maio. Nos Emirados Unidos, a entrada de indianos por outras companhias será permitida apenas se ficar comprovado que a pessoa esteve em outro país por pelo menos 14 dias.

No início desta semana, o Reino Unido adicionou a Índia à sua lista vermelha de países. Como resultado, os indianos não poderão entrar no Reino Unido a partir das 8h30 (horário da Índia) de amanhã.

Apesar do amplo programa de vacinação contra a covid-19 lançado no país, só uma fração minúscula da população já foi imunizada. As autoridades anunciaram que as vacinas estarão disponíveis para todos acima de 18 anos a partir de 1º de maio, mas o país não terá doses suficientes para os 600 milhões de habitantes habilitados, dizem especialistas.

*Com Reuters

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