Biden vai propor alta em impostos sobre ganhos de capital para custeio de assistência infantil, dizem fontes
Por Jarrett Renshaw e Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai propor na próxima semana elevar os tributos sobre os ricos para financiar grandes investimentos em assistência infantil, educação pré-escolar universal e licença remunerada aos trabalhadores, disseram fontes familiarizadas com o plano.
Biden vai propor um aumento da taxa marginal do Imposto de Renda de 37% para 39,6%, e quase dobrar os impostos sobre ganhos de capital para 39,6% para pessoas que ganham mais de 1 milhão de dólares, de acordo com as fontes.
Os detalhes do plano de Biden para as famílias norte-americanas ainda estão sendo finalizados, mas o presidente planeja anunciar as medidas na próxima semana, antes de seu primeiro discurso ao Congresso, na quarta-feira.
O Congresso, profundamente dividido, precisa aprovar as várias medidas fiscais incluídas no plano.
A proposta, que tem estado em elaboração há semanas, desencadeou quedas acentuadas em Wall Street, com o índice S&P 500 caindo 1% no início da tarde depois de notícia da Bloomberg sobre a medida.
Norte-americanos ricos podem encarar uma alíquota geral de imposto sobre ganhos de capital de até 43,4%, incluindo o imposto de investimento líquido de 3,8% sobre indivíduos com renda de 200 mil dólares ou mais. Este último ajuda a financiar o Affordable Care Act, conhecido como Obamacare.
Atualmente, aqueles que ganham mais de 200 mil dólares pagam um tributo geral de cerca de 23,8%, incluindo o imposto de investimento líquido ao Obamacare.
Ainda assim, analistas do mercado acham virtualmente impossível isso ser aprovado no Congresso.
"Se tivesse uma chance de ser aprovada, estaríamos caindo 2 mil pontos", disse Thomas Hayes, presidente e membro gerente do fundo hedge Great Hill Capital LLC, referindo-se ao noticiário sobre a elevação do imposto sobre ganhos de capital.
(Reportagem adicional de Andrea Shalal, David Lawder e Herbert Lash)
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