Equador decreta estado de exceção após disparada de casos de covid
O presidente equatoriano, Lenín Moreno, decretou nesta quarta-feira (21) estado de exceção no país, que inclui toque de recolher e a suspensão dos direitos fundamentais, diante da "acelerada velocidade de contágio" da covid-19.
Anunciado por Moreno no Twitter, o decreto afeta 16 das 24 províncias do país e responde ao impacto da covid "em meninos, meninas e adolescentes" que precisaram de atendimento médico em unidades de terapia intensiva, assim como à presença de novas variantes do vírus", fatos que constituem "uma calamidade pública".
A medida implica a suspensão dos direitos à liberdade de circulação, associação e reunião, assim como a inviolabilidade do domicílio "para evitar reuniões e aglomerações que provocam um contágio acelerado".
A polícia e as forças armadas vão vigiar o cumprimento das restrições, segundo o documento.
O decreto inclui toque de recolher noturno de nove horas de segunda a quinta-feira, enquanto entre as 20h de sexta e as 05h de segunda-feira vigorará uma proibição total da circulação de veículos e pessoas. A venda de bebidas alcoólicas será proibida durante o toque de recolher.
Só poderão circular trabalhadores de setores estratégicos e exportador, saúde, venda de alimentos e remédios, serviços básicos, meios de comunicação e serviço diplomático.
Também se impõe obrigatoriamente o trabalho remoto tanto no setor público quanto privado e as aulas presenciais continuarão suspensas em todo o país.
Nos 28 dias de duração do estado de exceção, o plano de vacinação não será suspenso e aqueles que estiverem em sua vez de se imunizar poderão circular.
O Equador já vacinou 179.292 pessoas com as duas doses, enquanto 421.937 receberam a primeira, segundo dados oficiais de terça-feira.
Com 17,5 milhões de habitantes, o país soma 363.000 casos de covid-19 e mais de 17.800 mortos entre confirmados e suspeitos.
O ministro da Saúde, Camilo Salinas, disse que cerca de 200 pessoas em todo o país esperam um leito de hospital para receber tratamento para a covid e lembrou que a variante brasileira circula no país.
O presidente do Comitê de Operações de Emergência Nacional (COE), Juna Zapata, havia recomendado mais cedo ao presidente adotar medidas "concentradas" nas províncias onde se registra a maior quantidade de casos de covid-19.
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