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Arthur Lira diz que Maia 'criou dificuldade' para aprovar Orçamento

Presidente da Câmara, Arthur Lira diz que Rodrigo Maia "criou dificuldade" para aprovar Orçamento - Reprodução/Youtube
Presidente da Câmara, Arthur Lira diz que Rodrigo Maia 'criou dificuldade' para aprovar Orçamento Imagem: Reprodução/Youtube
do UOL

Do UOL, em São Paulo

19/04/2021 11h53

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou o antecessor, Rodrigo Maia, e pediu que o governo federal "respeite o teto de gastos" ao falar da aprovação do Orçamento 2021. O texto aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Lira afirmou em uma rede social que o Orçamento 2021 "só foi aprovado depois da eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, justamente pelas dificuldades criadas pela gestão do meu antecessor e os seus compromissos políticos".

"Agora depois de aprovado com amplo acordo que incluiu o governo, as críticas são injustas e oportunistas, cabendo ao governo propor soluções que atendam às demandas acordadas durante a votação, respeitando todos os limites legais e o teto de gastos", completou o deputado.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo de ontem, Maia afirmou que o Orçamento 2021 "está falido e capturado por projetos paroquiais". Maia diz que não é normal pressionar para sancionar um Orçamento que é ilegal. "Tenho convicção que o presidente não deve e não pode sancionar", afirma o ex-presidente da Câmara.

Técnicos da área orçamentária do governo e do Congresso já sinalizaram que há manobras contábeis no texto aprovado do Orçamento. Se sancioná-lo, Bolsonaro corre o risco de cometer crime de responsabilidade fiscal, passível de impeachment.

O tema causa apreensão num momento em que o presidente está sob pressão do Congresso por causa da condução na pandemia e anúncio de trocas nos ministérios. A pressão maior é sobre o relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC), que está sendo cobrado pelo comando da Câmara a corrigir o "excesso" de emendas parlamentares, que pela primeira vez superaram a barreira de R$ 50 bilhões.

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