EUA impõe sanções a Belarus após repressão de protestos
Washington, 19 Abr 2021 (AFP) - Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (19) sanções contra nove empresas estatais de Belarus depois que o presidente do país, Alexander Lukashenko, ignorou os pedidos de libertar os presos políticos presos durante os protestos a favor da democracia.
Desde 2015, Washington isentou nove empresas bielorrussas de sanções, entre elas a petroleira Belneftekhim, em reconhecimento aos pequenos avanços no país europeu, onde Lukashenko está há duas décadas e meia no poder.
O governo do presidente Joe Biden alertou em 31 de maio que iria impor novamente as sanções a essas empresas se Belarus não libertasse os presos. Nesta segunda-feira, cumpriu com essa ameaça.
"Esta ação é mais uma consequência do flagrante desprezo das autoridades bielorrussas pelos direitos humanos e da violação por parte de Belarus de suas obrigações com a legislação internacional sobre os direitos humanos", declarou o secretário de Estado, Antony Blinken, em nota
"Os Estados Unidos pedem às autoridades bielorrussas que libertem imediata e incondicionalmente todas as pessoas detidas ou presas injustamente", acrescentou.
O Departamento do Tesouro avisou que as empresas terão que fechar os negócios com as empresas bielorrussas antes de 3 de junho ou enfrentarão as sanções americanas.
Lukashenko, um aliado do presidente russo Vladimir Putin, conseguiu um sexto mandato à frente do país em agosto de 2020, em eleições que foram amplamente consideradas fraudulentas pela oposição e pela comunidade internacional.
sct/ft/gma/dga/aa
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