Venezuela completará pagamento de vacinas da Covax na próxima semana, diz Maduro
Caracas, 18 Abr 2021 (AFP) - A Venezuela completará na próxima semana um pagamento total de 120 milhões de dólares para acessar 11,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio do mecanismo Covax, anunciou o presidente Nicolás Maduro neste domingo (18).
"Nesta semana que se inicia (...) será pago o restante do depósito da cota completa de 120 milhões do sistema Covax", afirmou o presidente socialista. "A Venezuela disse ao sistema Covax: aí está o dinheiro. Agora, bem, que venham as vacinas", acrescentou Maduro.
Em 10 de abril, a vice-presidente Delcy Rodríguez havia anunciado o pagamento de 64 dos 120 milhões de dólares exigidos da Venezuela pela Covax, programa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir vacinas contra a covid-19 aos países em desenvolvimento.
Em meio a uma nova onda de covid-19, o governo chavista informou a entrada de 300 mil doses de vacinas russas Sputnik V e 500 mil do laboratório chinês Sinopharm neste país de 30 milhões de habitantes.
Não há relatórios oficiais sobre o número de inoculados durante o processo iniciado em fevereiro, mas de acordo com a Federação Médica Venezuelana, apenas 0,3% da população foi atendida.
Maduro, que já está vacinado, disse neste domingo que espera que entre junho e julho sejam recebidas as doses necessárias para massificar o processo.
O pagamento da Covax, continuou o presidente, foi feito com "recursos liberadores do bloqueio", referindo-se às sanções financeiras lideradas pelos Estados Unidos contra a Venezuela e sua indústria petrolífera. Isso, disse ele, "sem implorar a ninguém, sem acreditar em ofertas falsas e fraudulentas da direita".
Ele aludiu assim, sem mencionar, a um anúncio do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela por cinquenta países, que assegurou ter chegado a um acordo para liberar recursos da Venezuela congelados no exterior para adquirir vacinas pela Covax.
As autoridades relataram 183.190 casos e 1.905 mortes por covid-19 na Venezuela, números questionados por organizações como a Human Rights Watch, que creem que há uma grande subnotificação.
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