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Alemanha homenageia seus mortos na pandemia, e Israel abandona máscara ao ar livre

Pessoas caminham em rua de Jerusalém após autoridades israelenses anunciarem que máscaras não são mais necessárias ao ar livre - Menahem Kahana/AFP
Pessoas caminham em rua de Jerusalém após autoridades israelenses anunciarem que máscaras não são mais necessárias ao ar livre Imagem: Menahem Kahana/AFP

Em Berlim

18/04/2021 13h27

A Alemanha presta várias homenagens, hoje, a seus mortos pela pandemia de covid-19, a qual já deixou mais de três milhões de mortos no mundo, enquanto os israelenses aproveitam seu primeiro dia sem máscara obrigatória nas ruas.

Com pelo menos 3.011.975 óbitos em todo mundo e 140,6 milhões de casos registrados, de acordo com balanço da AFP de hoje, baseado com fontes oficiais, a pandemia de coronavírus continua deixando um panorama de fortes contrastes.

Na Alemanha, onde a covid-19 deixou quase 80 mil mortos, a chanceler, Angela Merkel, e o chefe de Estado, Frank-Walter Steinmeier, homenagearam as vítimas na igreja Memorial do kaiser Guilherme II e na Konzerthaus da capital.

"É muito importante fazer uma pausa para se despedir com dignidade de todos aqueles que morreram durante a pandemia, inclusive daqueles que não perderam a vida pelo vírus, mas que morreram em solidão", declarou o presidente alemão.

No Brasil, que com 371.678 mortos é o segundo país mais afetado pela covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos (566.904 óbitos), são em média 3.000 mortes por dia, ou seja, quase 25% do total de mortes anunciadas diariamente no mundo. Este número é mais do que o dobro do registrado em fevereiro.

"Alívio"

Israel autorizou a população sair às ruas sem máscara. Desde quinta-feira, seu uso é obrigatório apenas nos transportes e em estabelecimentos fechados.

"Estou aliviada. Podemos voltar a viver", comentou Eliana, de 26 anos. "Não dá mais para fingir que não conhece alguém na rua", brincou.

Desde dezembro, quase cinco milhões de israelenses (53% da população) receberam as duas doses da vacina, o que corresponde a pelo menos 80% da população acima de 20 anos, segundo dados oficiais do país.

Nos últimos dias, Israel registrou em torno de 200 casos diários de covid-19, muito menos do que os 10 mil do início de janeiro.

A campanha de vacinação foi facilitada por um acordo alcançado pelo Estado e pelo gigante farmacêutico Pfizer, que acelerou o fornecimento de doses para o país em troca dos dados médicos dos pacientes sobre os efeitos reais de seu imunizante.

Enquanto isso, na Faixa de Gaza, o coronavírus causou um recorde de mortes diárias, 23, totalizando 761 óbitos, indicou o Ministério da Saúde.

Violenta segunda onda na Índia

Na Índia, o coronavírus deixa um rastro muito mais sombrio.

Com 1,3 bilhão de habitantes, o país sofre uma onda que já registrou mais de um milhão de casos em uma semana e que está afetando, sobretudo, os jovens, afirmam os médicos.

A situação é especialmente preocupante, se for levado em consideração que 65% da população indiana tem menos de 35 anos.

"Estamos vendo adolescentes menores de 12 e 15 anos que dão entrada com sintomas nesta segunda onda. No ano passado praticamente não havia crianças", afirmou Khusrav Bajan, especialista no Hospital Nacional P.D. Hinduja de Mumbai e membro do grupo de trabalho sobre covid-19 do estado de Maharashtra.

As autoridades decretaram um confinamento de fim de semana e toques de recolher, enquanto cada vez mais profissionais de saúde demandam a ampliação da campanha de vacinação em massa. No momento, ela se aplica a pessoas acima dos 45 anos.

Quarentenas na França e na Espanha

Na Europa, os governos tentam encontrar um equilíbrio entre a flexibilização das restrições, para dar um alívio à população, e a prudência, que levou França e Espanha a decretarem, ou prolongarem, quarentenas para viajantes procedentes de determinados países.

A França anunciou que estabelecerá uma quarentena obrigatória para todos que chegarem de Brasil, Argentina, Chile e África do Sul a partir de 24 de abril.

Já o governo espanhol prolongou a quarentena obrigatória para os passageiros de 12 países, incluindo Brasil, Peru, Colômbia e África do Sul.

Na Itália, restrições para escolas e restaurantes começam a ser suavizadas a partir de 26 de abril.

Neste domingo, o papa Francisco reapareceu na tradicional janela do Palácio Apostólico com vista para a Praça de São Pedro para pronunciar, em público, sua oração semanal. Desde 21 de março, ela vinha sendo transmitida de sua biblioteca, devido às restrições da pandemia.

"Uma cordial saudação a todos vocês, romanos e peregrinos brasileiros, poloneses e espanhóis (...). Graças a Deus, podemos nos reencontrar neste lugar para nossa reunião dominical", lançou o papa, sorrindo, perante fiéis e peregrinos.

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