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Prefeito de Buenos Aires luta para reabrir escolas durante pandemia

16/04/2021 23h01

Buenos Aires, 16 abr (EFE).- O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, insistiu nesta sexta-feira em seu compromisso de fazer de tudo para que na próxima segunda haja aulas presenciais na cidade, apesar do decreto assinado pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, que ordenou o fechamento das escolas por duas semanas para tentar impedir a propagação do coronavírus.

Rodríguez Larreta transmitiu a reivindicação a Fernández em uma reunião hoje, mas o presidente confirmou em uma entrevista coletiva posterior que as aulas serão virtuais, como parte das novas restrições adotadas para lidar com a segunda onda de contágio pelo vírus SARS-CoV-2. "Neste momento, o critério epidemiológico deve prevalecer, e não o educacional", argumentou o chefe de Estado.

Em resposta, o prefeito de Buenos Aires chamou a mídia e prometeu que ele e sua equipe farão tudo que estiver ao seu alcance para que as crianças possam ir à escola na próxima segunda.

Além disso, Rodríguez Larreta lembrou que nesta sexta, antes da reunião com Fernández, apresentou um recurso de inconstitucionalidade perante a Suprema Corte. E ele afirmou que associações de pais, escolas e organizações não governamentais fizeram outras apresentações em tribunal.

"PREJUÍZO ENORME".

O prefeito revelou ter mostrado para o presidente provas que sustentam a necessidade de que as escolas permaneçam abertas. Disse também que o chefe de Estado concordou sobre o que definiu como "prejuízo enorme" causaado pela falta de aulas presenciais do ano passado".

Rodríguez Larreta argumentou que as instituições de ensino não são um lugar de maior contágio, pois das 700 mil pessoas que acessam os estabelecimentos, incluindo estudantes, professores e administradores, 0,89% foram infectadas.

"A escola não é um lugar onde o vírus se espalha", destacou o prfeitou, com dados que mostram que apenas 0,12% dos contatos próximos das pessoas infectadas foram contagiadas.

"O presidente concordou que as escolas não são um lugar de contágio. Ele acredita que a circulação ao redor dos estabelecimentos poderia ser um lugar de maior contágio, mas temos a evidência de que não é", acrescentou.

PREFEITO ESPERA QUE PRESIDENTE REPENSE.

O prefeito disse ainda que se o risco estivesse na entrada das escolas seria menos trabalhoso evitar as multidões nos arredores das instituições do que manter as crianças fora da sala de aula. Ele anunciou que enviará essas informações ao presidente.

"Espero que ele possa reverter sua posição. Cumprimos nosso compromisso de fazer todo o possível para que na segunda-feira tenhamos aula", insistiu.

Com relação ao plano de vacinação, o prefeito reafirmou que o governo nacional não entregou todas as vacinas prometidas. ele lembrou que Fernández havia anunciado 20 milhões de doses para fevereiro e hoje o país tem 7,3 milhões. "Se elas tivessem sido cumpridas, a situação seria muito diferente", ponderou o prefeito.

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