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Papa pede ao Brasil "unidade e reconciliação" para superar pandemia

15/04/2021 19h27

Roma, 15 abr (EFE).- O papa Francisco fez nesta nesta quinta-feira um apelo em prol da "unidade e reconciliação" no Brasil para que o país supere a pandemia do novo coronavírus e "outro vírus que há muito vem infectando a humanidade: o vírus da indiferença".

O pedido do pontífice foi feito em mensagem de vídeo destinada à 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pela primeira vez realizada de forma virtual.

"Peço ao Senhor ressuscitado que esta Assembleia Geral possa render frutos de unidade e reconciliação para todo o povo brasileiro e à CNBB. Unidade que não é uniformidade, mas harmonia", disse Francisco.

Na gravação, divulgada pela agência "Vatican News", ele se dirigiu em "portunhol" aos bispos e a todos os brasileiros "num momento em que este amado país enfrenta uma das provações mais difíceis de sua história".

"Gostaria, antes de mais nada, de expressar minha proximidade em relação às centenas de milhares de famílias que choram a perda de um ente querido. Jovens e velhos, pais e mães, médicos e voluntários, ministros sagrados, ricos e pobres: a pandemia não excluiu ninguém em seu rastro de sofrimento", lamentou o pontífice.

Francisco encorajou os brasileiros a não desistirem e a seguirem o exemplo de Jesus, que, com sua ressurreição, "nos mostra que podemos superar este momento trágico".

Neste sentido, o pontífice incentivou o povo e o clero a serem caridosos, "a chorar com aqueles que choram e a estender uma mão, especialmente aos mais necessitados, para que possam sorrir novamente".

"É possível superar a pandemia, é possível superar suas consequências. Mas só teremos sucesso se estivermos unidos. A CNBB deve ser uma neste momento, porque o povo sofredor é um só", afirmou.

Lembrando de sua "inesquecível" viagem apostólica ao Brasil em 2013, a primeira de seu pontificado, Francisco declarou que a história da imagem de Nossa Senhora Aparecida, encontrada quebrada, dá "uma mensagem de recomposição do que está separado".

"Os muros, barrancos e distâncias, que também existem hoje, estão destinados a desaparecer. A Igreja não pode negligenciar esta lição: a Igreja deve ser um instrumento de reconciliação", disse, parafraseando seu discurso para o episcopado naquela viagem. EFE

gsm/id

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