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França recomenda a cidadãos que deixem o Paquistão por graves ameaças

Soldados paramilitares montam guarda em frente à Embaixada da França na Zona Vermelha, que foi protegida com contêineres pelas autoridades para reforçar a segurança após violentos protestos contra a França, em Islamabad, Paquistão - Aamir Qureshi/AFP
Soldados paramilitares montam guarda em frente à Embaixada da França na Zona Vermelha, que foi protegida com contêineres pelas autoridades para reforçar a segurança após violentos protestos contra a França, em Islamabad, Paquistão Imagem: Aamir Qureshi/AFP

Em Islamabad

15/04/2021 06h58

A embaixada da França no Paquistão recomendou hoje a seus cidadãos e às empresas francesas que abandonem temporariamente o país, devido a "ameaças graves" contra os interesses franceses.

"Devido às graves ameaças que pesam contra os interesses franceses no Paquistão, recomendamos aos cidadãos franceses a partir temporariamente do país", escreveu a embaixada em uma mensagem enviada aos franceses que vivem no Paquistão, que registrou nesta semana violentas manifestações contra o país europeu.

Um partido islamita radical, Tehreek e Ilabbaik Pakistan (TLP), bloqueou parcialmente no início da semana as duas maiores cidades do país, Lahore (leste) e Karachi (sul), assim como a capital Islamabad (norte), para exigir a expulsão do embaixador da França.

As manifestações foram violentamente reprimidas pela polícia e pelo menos duas pessoas morreram nas operações das forças de segurança.

Os partidários do TLP reagiram com revolta após a detenção na segunda-feira em Lahore de seu líder, Saad Rizvi, poucas horas depois da convocação de uma passeata para 20 de abril em Islamabad para pedir a expulsão do embaixador da França.

O TLP exige esta expulsão desde que o presidente Emmanuel Macron defendeu o direito de publicação de charges em nome da liberdade de expressão, durante a homenagem a um professor assassinado em 16 de outubro, depois que exigiu desenhos satíricos a sua turma, após a reedição das caricaturas do profeta Maomé pela revista Charlie Hebdo.

O governo paquistanês anunciou a intenção de proibir o TLP.

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