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Professores de Buenos Aires exigem suspensão das aulas presenciais

14/04/2021 20h50

Buenos Aires, 14 abr (EFE).- Professores de escolas de Buenos Aires suspenderam as atividades nesta quarta-feira e lideraram manifestações exigindo a paralisação das aulas presenciais devido ao aumento das infecções por coronavírus nas últimas semanas.

"Estamos exigindo a suspensão das aulas presenciais, devido ao aumento gravíssimo das infecções. Estamos pedindo vacinação de toda a população, mas especificamente ao corpo docente e não docente que trabalham nas escolas", disse María Isabel Grau, secretária de imprensa da Associação Docente de Ensino Médio e Superior (Ademys), entidade responsável pela convocação do protesto e que reúne cerca de 3 mil trabalhadores da educação.

A associação também exige "equipamentos e internet gratuita para famílias da comunidade educacional".

"E que exista uma renda emergencial para as famílias trabalhadoras que dele necessitam, já que a suspensão das aulas presenciais certamente implicará em dificuldades de trabalho para muitas famílias", acrescentou Grau.

Além da paralisação das atividades, a Ademys convocou uma "mobilização de caravanas educativas" saindo do Congresso Nacional até a sede do Ministério da Educação.

O protesto foi apoiado pela União dos Trabalhadores na Educação (UTE), com cerca de 15 mil membros e que também exige o fim das aulas presenciais em áreas com alta transmissão viral.

O ministro da Educação, Nicolás Trotta, afastou a possibilidade de fechamento total das escolas, embora tenha deixado as portas abertas para possíveis restrições nas regiões mais afetadas.

"Se tiver que haver diminuição da presença por conta da segunda onda, não deve implicar na suspensão absoluta, pode ser restringida em áreas que apresentam maior complexidade como contribuição para a diminuição da circulação, sempre considerando a menor unidade geográfica possível", publicou em seu perfil no Twitter.

Trotta acrescentou que "neste cenário de complexidade, as restrições devem estar vinculadas às esferas sociais não protocolares que ocorrem fora da escola".

As aulas presenciais em Buenos Aires, como no resto do país, foram suspensas com o início da pandemia em 16 de março de 2020, quatro dias antes do começo da quarentena, e depois de quase todo o ano letivo de ensino à distância. Somente no dia 17 de fevereiro é que as instituições de ensino foram reabertas.

A Argentina vem sofrendo com o aumento do número diário de infecções, que as autoridades locais descreveram como uma segunda onda e já deu origem a um primeiro pacote de medidas do governo, incluindo um toque de recolher entre 0h e 6h (hora local) e a utilização exclusiva de transportes públicos para trabalhadores dos serviços essenciais, podendo também ser utilizado por alunos e professores.

Segundo dados oficiais, na Argentina foram registradas 2.579.000 infecções e 58.174 mortes por Covid-19. EFE

apr/phg

(foto)(video)

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